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Romances, Poesia, Arte, Nu Artístico by Alexandros Papadopoulos Evremidis
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AdeusGrécia=$15 - Melissa=20 - Claudinha=20. Comprar: Email, 21 2275-8563, 9208-6225.
Claudinha no... ano da loucura Cinema?
"Alexandros, li o seu livro Claudinha no Ano da Loucura e fiquei fascinado. Uma história de amor interessante como poucas e louca como muitas, e que me empolgou como nenhuma outra até o momento. Sou da produtora Geral Filmes e procuro uma boa história p/ fazer meu primeiro longa-metragem. Você teria interesse em adaptarmos o seu livro para o cinema?" - Gabriel Kalim Mucci.
Claro, Gabriel, e é pra já e desde já convido a todos à pré-estreia no CineOdeonBr, Rio.


de fato carlos havia uma pedra no meio do caminho há um banco no calçadão de copacabana vc sentado nele sento tb te abraço te beijo clautografo meu claudinha para Carlos se divertir nas insones noites deixo-o em teu colo me escondo atrás do coqueiro passantes param olham admirados passam subitamente casal de meia idade vai até vc pega o livro folheia lança olhares furtivos ao redor segue caminho levando o teu claudinha afogueado vou pra cima deles os intercepto ofegante esse livro é de vocês? silêncio amarelado incendeio-os com meu olhar não o pegamos ali o pegaram ali?! mas vcs o folhearam viram ele pertencer a carlos não? novo silêncio agora avermelhado sim mas vc tem razão não devíamos ter feito isso vamos recolocá-lo no colo dele recolocaram a claudinha em teu colo vc me censurando por minha imensa estupidez - foto flavio carvalho

Leitor, faça como Carlos: divirta suas insones noites com "Claudinha no ano da loucura" > peça exemplar autografado : 20 reais. > Email / 21 2275-8563 / 9208-6225



Gênese do Claudinha - Eróticas dores do crescimento - by Alexandros Evremidis

O Universo é um livro. A Terra é um livro. Eu sou um livro. Você é um livro. Ele é um livro. Não esquecer que também ela, a Claudinha é um livro que põe a nu o despertar do amor e do sexo e a tomada de consciência do mal e das dores do crescimento de uma lolita no limiar da adolescência, psicodelicamente rodopiando no ecúmeno passional de suas viscerais inquietações intelectuais e existenciais.
+: personifica a crítica geração dos plúmbeos anos 70, demarca o crucial ponto de ebulição e denuncia a urgente necessidade de releitura dos degradados e hipócritas valores da civilização:
Nada está garantido, tudo terá que ser exaustivamente (re)discutido. Ad nauseam que seja!
++: em plena ditadura e contracultura, drogas, revolução sexual e feminismo, Claudinha, insubmissa, se insurge, se agiganta, se envolve com um homem mais velho e com ele vivencia jornada íntima de sedução, configurando-se em precursor ícone da "nova mulher", a exigir vez e voz e respeito por suas inalienáveis aspirações.
Perturbador, o Claudinha fez história ainda durante a problemática gestação de alto risco e o imediato pós-parto: Sim, sinto-me impelido a breve relato de sua dramática gênese:
Não bastasse a enfática ameaça da inspiratriz me dar um tiro na própria noite de autógrafos, caso eu desse publicidade a suas inconfessáveis confissões, o original de 420 páginas foi retalhado e incendiado por delirante, mas privilegiada, ledora sobre nossa cama nupcial. Anos transcorridos, cicatrizado da funda ferida, reescrevi de memória 220 páginas. Após apor o ponto final, entretanto, outra igualmente privilegiada ledora, acometida por insano furor, com elas se trancou no banheiro e, enquanto eu gemia de agonia (sim, também eu conheci, na carne, as abomináveis dores do parto do aborto), foi rasgando, atirando no vaso sanitário e puxando a descarga.
O tempo, que (tenha certeza!) a tudo cura, me curou também e recriei cento e poucas páginas que, escaldado, uma vez prontas, tranquei no cofre-forte de um amigo, à espera do prelo.
Publicado, sem que a desejada promessa de assassínio cumprida fosse, e agora republicado, o Claudinha está à disposição de sua avaliação. Mesmo fraturado, peço, não seja indulgente comigo.


Amigos, a publicação do "Claudinha..." tem me proporcionado felicidade mto além da q eu precisava - assim, penso ceder parte dela a quem dela precise, desde que se comprometa a, tão logo possível, passá-la adiante - em dobro. Isso se deve às
muitas manifestações:

"Alexandros, li o seu livro Claudinha no Ano da Loucura, e fiquei fascinado. Uma história de amor interessante como poucas. E louca como muitas. Mto bom o livro! Sou sócio da produtora de cinema Geral Filmes, onde atuo como diretor de cena e de fotografia, e estou em busca de uma boa história para fazer meu primeiro longa-metragem. Gostaria de saber se tem interesse em adaptarmos o seu livro para o cinema". Gabriel Kalim Mucci.

Veja o slide-show do quebra-pratos do Claudinha > aqui


AdeusGrécia=$15 - Melissa=20 - Claudinha=20. Comprar: Email, 21 2275-8563, 9208-6225.

Alexandros, te respeito! E agradeço por ter escrito Adeus Grècia. Ler este livro me faz lembrar que a vida é preciosa e me dá uma nova motivação e incentivo para o futuro. - Vilma Martins.

Alexandros, terminei de ler o Claudinha no Ano da Loucura e chorei. Vi minha vidinha de oito anos atrás passar nequelas páginas. Adorei. É bom saber o valor de uma Claudinha na vida de um homem maduro. Eu sei. Eu vivi. Senti tudo aquilo. Me encontrei de novo com o turbilhão de emoções que marcaram minha existência passada. Obrigado! - Milton Pires.

Alex, não resisti e já comecei a ler Melissa mesmo antes de saber qual a ordem de leitura que vc recomenda... Estou encantada com seu estilo direto, pelo visto, não vou dormir hoje!!! Parabéns e muito obrigado pelo presente. - Denise Araripe.

Falar em Claudinha, a seguir, espontânea expressão poética* do artista plástico Giov.D'And - leitor inspirado:


Mulher minha
Mulher nua
Mulher do mundo
Lindo ser...

De andar sensual
Com anca que balança
Da direita pra esquerda
Desnuda... o ventre.

Vestido apertado
Saia justa
Decote que pende
Seios me olham...

Posições estudadas
Gestos meticulosos
Olhares indecorosos
Pra mim ???

Esvoaça o cabelo
Balança o brinco
Comigo parece que brinca
Ai ! Rio que dói.

Insano que sou
Louco por ti
Louca que és
Loucura !

Sensações
Emoções
Êxtases
Eu existo ! Eu-e-xis-to !

Frêmito do corpo
Gemido d’alma
Taquicardia “caliente”
Uh... Malicio.

Nas entranhas ardor
Na pele calor
Na mente torpor
Ah... Suspiro.

Inspiro
Expiro
Respiro o vapor que exalas
, tu: Mulher !

Confinas o mundo em ti
Fizeste-me homem
Pois, és grande
... MULHER !
*Mantida a significativa formatação original do artista.

Claudinha conduz, pulsa, revela com tanta coragem, a verdade nua de um ser Alexis pleno de vida, verdadeiramente estimulante... para a arte de viver. Parabéns! Continue sempre a revelar! By Patrícia Bowles, artista plástica.

Alex, isso aí é um trabalho muito lindo, o todo pela parte e o todo de partes, trabalho muito cor carne, lindíssimo, adorei o azul no começo de tudo, por baixo dessa mulher tem calor, bj clotilde lain_, artista plástica

Quanta sensibilidade falar de monstruosidades no amor, estou achando, com meu tempo de vida, que o amor é o pior dos monstros, que gera muito monstro, que a gente cria no outro, que a gente quer do outro. A Teratologia do Amor de que vc falou dá tese. Vc devia abrir um curso em São Paulo, no Maria Antônia, faria sucesso no meio desses pseudo-professores chatos da USP que vagam por lá - curso de teratologia do amor, da arte etc e tal. > Clotilde Lain_, artista plástica

Lendo Claudinha, vorazmente, sua biografia expressa em puro sentir de uma constatação vivencial. Quem não teve? Vc é magistral na narrativa! By Glaucia Severo, artista plástica

Claudinha daria um belo filme, gostei muito. Parabéns - Marcelo Catalano, artista plástico.

Mavrô, "Claudinha no ano da loucura" é ótimo. Me senti um Zé, assintindo tudo. [...] Li esta obra em meio a tagaladas de uisque e baforadas de cigarrilha. Não poderia ser diferente. Belo romance. Augusto Diniz

Hello, Alexis, li o seu Claudinha e... amei! Serviu de inspiração pra eu escrever o meu. Valeu! - Letícia de Assis, escritora.

Alexis, eu, que já tinha adorado o Claudinha, adorei também o teu "Adeus Grécia" - fascinante. Me emocionei muito com a busca por um mundo melhor do personagem. Parabéns!!! Nequitz, artista plástica.

Gostei muito do Claudinha. Vi que você tem mais livros, gostaria de comprar outros. Nequitz, artista plástica.

Alexandros, fiquei encantada! Devorei o Claudinha! Que delícia a forma como você escreve, descreve... Resta saber se essa história é real, rsrs. Será que você vai revelar isso pra mim? Se não quiser, tudo bem, fica na imaginação. Parabéns! Agora sou cúmplice total da Claudinha e de todos. Mais do que isso, sou um pouquinho de cada um deles. Luciana Campello

Parabéns por Claudinha! O livro é espetacular... Bjão, Marcella Xexeu, estudante jus.

A CLAUDINHA, voraz e faceira... olhar meigo e penetrante, acri-dúlcida (?existe isso? - se existe é a cláudia)... - Giov. D'And, artista plástico.

Dis-donc, com vento em poupa? Gostoso de ver como os comentadores usam e abusam do jogo de cintura para ao mesmo tempo dar vazão ao gosto que tiveram em ler o Clau e manter a reputação de "criticos"! ;-/ aXs-Guagua, ludotecário.

Veja vídeo do quebra-pratos na órfica festa do lançamento.

Veja se depois de ler o que a Revista Rolling Stone, nº 11, de 21/08/2007, dá pra resistir.

Senti intensos calores e arrepios e suspirei desejando meu namorado. Ana Clara, arquiteta.

Li o Claudinha na mesma noite do lançamento. Adorei! Achei ela mais "sacaninha" que você.
Lourdinha V., artista plástica.

Alexis Papis / Num clima celestial / Criou-se os sentidos / Paladar, Tato, Olfato / Audição, Visão e Tesão... que o homem tenta esconder e um grego não! Luca Vitali, artista plástico.

Muito bom, a gente não consegue parar de ler. Desejo, recriminação, arrependimento, masturbação, parece que ficaram lá atrás. Hoje é ficar, estar livre, sem vínculo, sem arrependimentos e masturbação na internet. Carlos Meinardi, artista plástico.

Só o tempo reconstitui a memória - a Claudinha está viva!! Garcez, artista plástico.

Alexandros, que delícia sua Claudinha. Escrever os pensamentos pensados durante o sexo, é hilário. Ri muito... Adorei seu livro. Não consegui parar de ler e fiquei com pena quando acabou. Solange Palatnik, artista plástica.

Que loucura, Claudinha!! Fabiano Melato @ Spacemelato.

A lolita carioca by Pedro Henrique Carvalho @ Revista Universo Masculino.

Helloooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!! Ich liebe Dich ................................... Christian Sievers, empresário.

Li a Claudinha na Bocaina, de uma tirada. Foi um furacão que passou pelas minhas mãos. Claudinha é um perigo, mas você sobreviveu, e muito bem. A arte é maior que a vida. Parabéns. Edgar Duvivier, artista plástico e músico.

Evremidis, espero que o lançamento de seu livro tenha sido um sucesso. Você escreve muito bem, articula a língua com uma certa arte. Além disso você é um crítico de arte e, pelo pouco que li, é bem melhor que alguns picaretas de canudo que andam por aí. Escreva mais - mostre seu talento. Guida Luciano.

Alexandros Evremidis, que acaba de relançar um cult erótico dos anos 70, Claudinha no ano da loucura, é enfático quanto à forma de descrever cenas de sexo. Não admite elipses nem recursos estilísticos: "Não contribuem para a elegância do texto, mas antes revelam o pudor do escritor. Na hora do bem-bom, a câmera vira? O escritor pula? A nossa cultura é hipócrita, ainda considera o sexo pecado. A única coisa que deve nortear o escritor é a sinceridade" - diz Evremidis, que tem entre seus projetos uma versão mais picante da Bíblia.
Mariana Filgueiras e Vivian Rangel @ Jornal do Brasil.

alexis, carai !!! não consegui parar de ler até acabar, texto fluido duscaray !!! parabéns - beijos, Paulo Salerno, fotógrafo.

Claudinha é recomendável pra saúde... faz bem, excita, nos faz lembrar que estar vivos é muito bom! Christiane, Tempo Editorial.

Claudinha arrebenta. Marco Rodrigues, repórter fotógrafico.

Nada como um amigo grego e culto. Edgar Duvivier, músico e artista plástico.

Dica de 3 grandes livros: Zen e a Arte de Manutenção de Motocicletas, de Robert Pirsing; A tetralogia Fundação, de Isaac Asimov; Claudinha no Ano da Loucura, de Alexandros Evremidis. Charles Pilger - webmaster/webdeveloper - Universidade_Sinos/RS.

Alexandros veio pro Brasil apaixonado por Elke Maravilha. Tornou-se jornalista, fotógrafo de nu conceitual, artista performático e escritor. "Claudinha", marco na literatura pop - alguns acham que o grego só pensa "naquilo", outros que temos o retrato da Lolita carioca. Todos concordam - começou a ler, não dá para largar. Joyce Pascowitch , jornalista/SP @ Glamurama.

Já devorei 37 páginas e fiquei excitado com essa Claudinha (aiaiai). Minha nomorada que se cuide!!! (hahaha). Marcel Fernandes, artista plástico.

Corte o orçamento com a cerveja pela metade: a economia vale a pena - Claudinha deu ao autor a alcunha de "Henry Miller tupiniquim". Marcos Espíndola - jornalista/SC

Alexandros, sua Claudinha é uma delícia!! Devorei-a todinha!! Andreas Stravogiannis, psicoterapeuta.

Alexandros! Uma delicia seu livro! Estou quase no final. Leitura gostosa. Muuuuuuuuito BOM! Susi Cantarino, artista plástica.

Claudinha me servirá de inspiração para uma série de gravuras. Maria Lucia Pacheco, artista plástica.

Aplausosss!!! Parabéns! Parabéns! Parabéns! (são 25 Parabéns!) Rachel Sarandy, artista plástica.

Comecei a ler e é difícil parar. O tema é fascinante. O Alexandros escreve sem frescuras, sem querer passar uma de "inteligente".JLPrévidi, jornalista/SC

Grande livro! Me encantou a naturalidade com que ele escreve, é como alguém sentado contigo contando uma história. O cara é gênio! Emanuel Mattos jornalista/RS.

Por que eu não estou no Claudinha, safadinha??? Suzana Saldanha, atriz.

Alexandros - dos editoriais para a crítica de arte by Rodrigo Caixeta @ A.B.I.

Livro perturbador no que releva sobre a alma - clássico da contracultura nacional by Rodrigo Schwarz @ "A Notícia".

"Lolita Carioca" - Resenha do Jornal Literário Rascunho, de 13//11/07, transcrito no site da Letras Brasileiras

Fotos da... quebradeira geral.


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CARLOS HEITOR CONY escreve e eu, por falta de modéstia e excesso de vaidade, transcrevo aqui seu artigo publicado na página editorial da Folha de São Paulo:

"Gênero de vida"
"RIO DE JANEIRO - Vejo na estante o livro antigo, o terceiro romance de Alexandros Evremidis, um escritor que anda sumido da paisagem. Publicara antes 'Melissa' (1974) e 'Adeus, Grécia' (1975). É um painel autobiográfico de um grego que se perdeu pelo mundo e se encontrou no Brasil. Podia ter sido no Paraguai ou na Polinésia, ele continuaria grego.
O seu texto, se não é perfeito em termos de vernáculo, é mais do que perfeito em termos de língua literária. Ele o encontrou de forma surpreendente porque, antes de verbalizar seu discurso, tratou de encontrar a sua própria vida. Fatalmente teria de dar no que deu: num romancista.
A crítica acusou em Alexandros Evremidis a fixação no sexo, naquilo que poderia parecer um gênero pornô. Se assim é, viva a pornografia! Tanto em 'Melissa' como principalmente em 'Adeus, Grécia' corre bastante esperma - como na vida real.
Alexandros viveu sua infância na Grécia, em ambiente camponês, viu guerras e ditaduras, sofreu o diabo, pegou a estrada, freqüentou universidades em cinco diversos continentes, tem do destino em geral e do seu destino em particular uma visão de grego, um autêntico 'pathos'. Um povo que faz história e depois sai da história deve saber o que está fazendo.
É o caso de Alexandros. Por isso mesmo, esse seu terceiro livro, 'Claudinha no Ano da Loucura', é mais um episódio do mesmo personagem que uiva de fome e de desejo nos livros anteriores, em parte amadurecido em seus valores carnais. Ou seja: para os padrões da crítica convencional, o eterno imaturo diante do sexo e do amor.
Alexandros compreende na própria carne a nenhuma distinção entre o 'morfé e o poé', a forma e o conteúdo. Os gregos também inventaram essas coisas. O relato de suas relações com Claudinha não tem a complicação de Nabokov: é uma Lolita da zona norte do Rio, que acaba na cama do homem maduro e errante. Juntos fazem a experiência do já experimentado. E talvez seja essa a melhor definição para o romance: gênero literário, gênero de vida."


Alexandros Papadopoulos Evremidis ou Alexis, o Grego - Breve Bio:

Nasci numa aldeia nas montanhas da Macedônia grega, lugar de clima impiedoso - calor e frio extremos. Quarto filho (de cinco) de pais camponeses de poucos recursos, vivi a infância, primeiro, na Segunda Guerra, os alemães nos bombardeando diuturnamente, razão porque passávamos a maior parte do tempo, como vermes, num bunker/buraco no quintal, e depois, na abominável Guerra Civil, guerrilheiros e nacionalistas matando-se pelo poder. Não bastasse, com a mãe comunista e o pai nacionalista, tínhamos em casa nossa guerra particular.

Cheguei aos onze anos em estado de estupor e semi-inconsciência. Não gostava dos livros didáticos, mas também não tinha acesso à literatura. Quando meu irmão e eu fomos fazer o ginasial na cidade, no banheiro da viúva que nos alugava a casinha de cachorro havia tiras de jornais penduradas para limpar a bunda (na aldeia a gente não limpava ou, onde e quando disponíveis, limpava com folhas de plantas e árvores ou pedrinhas). Foi nesse tal banheiro que, depois de me masturbar e antes de me limpar, passei a ler as tirinhas – meus primeiros “jornais”. Lembro que, de cara, fiquei fascinado e possuído por irrefreável fome de ler. E como geralmente os textos, devido ao rasgo, estavam pela metade, eu exercitava minha imaginação completando-os – nascia ali o jornalista em mim. Não bastasse, entrei também numa de catar pedaços de jornais nas ruas, parar e ler e completar. Tempos depois, um amigo me liberou sua biblioteca e aí foi “devorar” um livro atrás do outro, me sentindo como cego que subitamente passasse a enxergar – nascia ali o escritor em mim. Efeito colateral: aprendi a gostar também dos livros escolares e daí em diante minha existência ganhou significado - ler, ler, ler e... escrever. Sim, passei a registrar minhas vivências em diários, futuros romances.

Aos 17, virada dramática - ler era bom, mas solitário como a masturbação que eu praticava diaria e compulsivamente para aplacar minhas dores. Abandonei, então, pátria, família e universidade, e caí no mundo, em busca do Mundo dos Livros, da Mulher e da Liberdade! Peregrinei pela Europa, me diverti, amei muito, conheci o sublime e o abjeto e estudei em uma dezena de faculdades. Mas a felicidade, aventura maior, a Europa não pôde me dar – era uma senhora bela, porém velha e triste, um museu.

Aos 25, ainda triste, numa viagem transatlântica de navio, conheci a Elke (Maravilha), então apenas jovem estudante. Apaixonado, me deixei seduzir por seu convite-promessa: “Vamos para o Brasil. Lá você será feliz!” Viemos e, de fato, durante alguns anos a vida foi felicidade pura. Tornei-me seu Pigmalião, tornando-a superstar, e, como jornalista, fiz dezenas de entrevistas e escrevi reportagens e artigos inflamados. Depois, censurado pela ditadura e já separado da Elke, abandonei tudo de novo, não para partir, mas para mergulhar na arte e na literatura. Logo, realizando meu sonho juvenil - o de quando crescesse me tornar escritor -, tive meus romances, “Adeus Grécia”, “Melissa” e “Claudinha...”, publicados. Como não poderia deixar de ser, visto ter eu estudado arte a vida toda, realizei também alguns happenings, performances, instalações e exposições de arte conceitual e de nu artístico.

Depois, sempre irrequieto e aventureiro, viajei, acompanhado de uma namorada, de carona, da Amazônia à Terra do Fogo, percorri toda a extensão da espinha dorsal dos Andes e de volta ao Rio publiquei mais artigos e entrevistas em Veja, Manchete, Ele e Ela, Fatos e Fotos... Sucederam-se também mais romances literários e romances amorosos, sendo que estes resultaram em três filhos - Guáguas, Dánis e Gábis.

Em anos recentes, além de seguir escrevendo poemas e romances diariamente, realizando meu outro sonho juvenil - o de quando crescesse ter meu próprio jornal -, fundei o Portal RioArteCultura.Com, que dirijo como editor e crítico.

Alexandros Papadopoulos Evremidis - 2007



Romances:

Alexandros Evremidis / Editorial Nordica
"Adeus, Grécia!" - Menino vive em meio à brutalidade e à devastação, não conhece o amor, não tem amigos e nem mesmo brinquedos, salvo os animais e o seu "piruzinho" que, apropriadamente manipulado, se torna a única fonte capaz de lhe proporcionar algum prazer e felicidade - esperança! A irmã, a prima e os animais não escapam. Até quando?

Alexandros Evremidis / Editorial Nordica
"MELISSA" - Uma brasileira, de 18 anos, e um grego, de 25, se encontram na linha do Equador, se apaixonam perdidamente e vivem um amor exacerbadamente romântico e ao mesmo tempo sensual, moderno e contestatário. Um amor sem limites - sociais, morais ou sexuais, a cumplicidade total! Isso, em plena revolução sexual e de costumes e drogas. E fazem mais - juram um pacto: se um deles, seja por que motivo for, abandonar o outro, o "outro" terá o direito de matar o "um". Faz sentido?

Alexandros Evremidis / Letras Brasileiras
"Claudinha no Ano da Loucura" - Claudinha narra o despertar do amor e do sexo e a tomada de consciência das dores do crescimento de uma lolita no limiar da adolescência, psicodelicamente rodopiando no ecúmeno passional de suas inquietações existenciais. Em plena ditadura, contracultura, revolução sexual e feminismo, se insurge, se envolve com um homem mais velho e com ele vivencia jornada íntima de sedução, configurando-se assim em precursora da "nova mulher", a exigir respeito por seus direitos e aspirações. Conheça a dramática gênese do Claudinha


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Outros escritos:

"Evolução Mulher - A Fonte da Vida" - Poesias e fotografias de uma jovem, em diferentes situações: na cama, na cozinha, na praia, no trabalho, no ballet, rindo, chorando, revelando sua intimidade.

"A Mãe do Filho" - Um casal com filho de um ano se separa e começa uma sangrenta guerra pela posse da criança. Traições e golpes baixos, vale tudo. Quem vai ganhar - o pai ou a mãe? Há vitoriosos nas guerras? As crianças são massacradas sempre!

"Drogas - Agonia e Êxtase" - Um roteiro completo da experiência com drogas, em meu corpo e minha alma - da inocente maconha, passando pelo ácido lisérgico, pela mescalina e pela cocaína até afundar na letal heroína. É possível sobreviver para contar a história? Afinal, as drogas valem a pena? Melhor proibir ou legalizar? Liberar geral? Esteja atento. E forte!

"Senhor do Desejo" - Nós, homens, nos consideramos detentores exclusivos e absolutos do desejo carnal e do conseqüente orgasmo, e por conta disso cometemos as piores atrocidades com as mulheres, dispondo de uma liberdade cuja leveza é insustentável para nós próprios. Mas a vida dá voltas e as lágrimas amargas rolam. Pagaremos um preço jamais suficientemente alto! A vingança será cruel! Inverter e bater o "mea maxima culpa" enquanto é tempo!?

"Civilização - Sangue e Esperma" - Ensinam nas escolas que a civilização é decorrência do intelecto e do trabalho, do espírito curioso e aventureiro. Será correto? Estudando a história atentamente, suspeita-se que talvez não passe de um subproduto do sangue e do esperma - afinal ambos fluíram e continuam se derramando, abundantemente, nas batalhas e nos palácios. Será um engodo? Refletir! E contestar! Revolver!

"O Menino Toureiro" - Um menino carioca, Guagua, foge para a Espanha, luta nas touradas, ganha, e o rei lhe promete de um tudo! Mas ele só quer o fim da matança dos touros. E agora? O rei manterá a palavra empenhada diante do povo?

"O Dragão da Poluição" - A Terra está muito enferma! Quem poderá salvá-la? As crianças, talvez? - Guagua, Thiagos e Lalos - que inventam e criam um monstro sagrado que engole todas as águas e inspira todos os ares e depois de processar e purificá-los, os restitui à Terra limpinhos e saudáveis - reciclados! Será tão simples assim? Veremos!

"Os Ratonildos" - Os ratos aprisionam o gato durante o ataque à toca deles, julgam-no, garantindo-lhe a mais ampla liberdade de defesa, (o cão, arrolado como testemunha, faz a caveira do felino!) e o condenam ao estudo da mais Nova Ordem Mundial. Dedi, o ratinho caçula, ensina-lhes as diretrizes-mestras: A paz é desejável? A amizade, "conditio sine qua non"? A convivência pacífica, imperiosa? O amor "inter-species" e a conseqüente criação de híbridos, recomendável?


Críticas e Comentários:

Gulnara Lobato - poeta - José Olímpio Editora/RJ: "A obra de Evremidis é diferente de tudo que já li, por conseguir agarrar o leitor desprevenido e obrigá-lo a sorver de um só trago as suas páginas até o uff! final. Se ele tivesse usado dinamite, a sua história talvez não saísse tão 'explosiva'. Sou obrigada a reconhecer que nunca ninguém empregou com tanta força e talento a grossa borra de um idioma para desabafar uma revolta íntima sufocada, contida mas finalmente solta. Seu transbordante anseio de viver integralmente a vida, pelo direito e pelo avesso, é um patético hino ao Amor escrito pelo avesso... a própria reencarnaçao da tragédia grega. Obra digna, pois através de sua linguagem crudérrima e contundente, transparece toda a beleza da natureza humana, decaída, deformada pela Queda do Anjo, mas guardando intacta, no mais fundo de si mesma, aquela incorruptível centelha de divindade".

Paulo Hecker Filho - crítico - Zero Hora - Porto Alegre/RS: "Constatou Ortega y Gasset que aquele que não usa clichês de sentir, pensar ou expressar-se é um grande escritor, tertium non datur. Comparem: 'A casa de meu avô', de Carlos Lacerda, é pura retórica, insuportável para quem leu o Grego antes. Seus livros são os mais inestimáveis presentes que as letras brasileiras já ganharam de um estrangeiro, chegam a ser modelares como expressão escrita brasileira moderna. Tem um talento danado. A seu lado, um Henry Miller, pródigo de recursos líricos e humorísticos, soa como literatura, ainda que por vezes de boa qualidade.
Alexandros supera os limites das ideologias tradicionais do sexo e causa mal-estar. Para medir sua pureza, não basta conhecer Reich, Marcuse, Ellis. Precisa de fato ter mudado a própria e a alheia sexualidade. Ele é uma espécie de santo do sexo, ou um santo apenas, já que o sexo é questão humana fundamental. Mártir do sexo, como praticamente todos nós, ele lhe carregou a cruz socialmente imposta, viveu-lhe até o fim a paixão e soube ressuscitar em livro de sua morte, sexuado homem inteiro. Tudo na verdade e pela verdade, essa mesma verdade que Cristo já sabia a única que nos libertará. Sua trilogia é uma beleza como poesia e tem alcance universal - retratos sem retoques da vida, que surgem de raro em raro nas literaturas e permanecem imunes ao tempo".

André Di Bernardi Batista Mendes - O Estado de Minas - Caderno Pensar - 15/09/07: Bússola do Inusitado - "Claudinha no ano da loucura" mostra de forma explícita as aventuras sexuais, os desbundes e os encontros existenciais de Alexandros Evremidis.
A Editora Letras Brasileiras acaba de relançar "Claudinha no ano da loucura", o terceiro livro de Alexandros Evremidis. Cult dos anos 80 – a obra está esgotada desde sua primeira edição, que é de 1985 –, o livro ganha merecidamente um tratamento especial em termos de acabamento gráfico. Escrito na primeira pessoa, o autor pinta um interessante e contundente painel autobiográfico, como fez anteriormente com Melissa, onde fala sobre seu romance com a espevitada Elke Maravilha (Alexandros foi seu primeiro marido), e Adeus Grécia, onde conta as inúmeras agruras de sua infância conturbada. Ambos os livros são de 1974.
Em Claudinha, Alexandros escreve no limite da transgressão e do desbunde total ao contar as peripécias amorosas de um homem – Mavrô, jornalista de uma revista, alter-ego do autor – de 30 e poucos anos, que se deixa seduzir por uma garota, filha de uma colunista social, de – pasmem – 11anos. A princípio o estranho desponta, surgem os questionamentos inevitáveis sobre a veracidade ou a autenticidade de todo o processo. Mas no desenrolar dos fatos acabamos perdoando o personagem, que, pobre coitado, pobre mortal, não resiste.
Mas como não se apaixonar por essa beldade, por essa mulher que vive num corpo de ninfeta? Trata-se de amor à primeira vista. Alexandros detalha a cena, para ser imaginada em câmera lenta: “Bonita é ela. Cara larga e bochechuda, sobrancelhas espessas e escuras e olhos grandes, úmidos e azuis – dois oceanos profundos e misteriosos. A boca, algo não sei o quê, lábios grossos e carnudos, indecentes, desses que a gente tem vontade de morder e chupar o sangue. Cabelos pretos e compridos e peitos redondos – devem estar inchados, penso, por causa da adolescência”. Inocência versus astúcia. Não se iludam, pois a doce Claudinha, dona de um magnetismo ímpar, passa de vítima a algoz com a serenidade e o furor uterino que só uma linda, e louca, pré-adolescente pode e sabe ter. O personagem de Alexandros, coitado, embarcou bonito. Corajoso, o escritor botou pra fora, colocou no papel suas transgressões apimentadas. Nada de suquinho diet. Esqueça a palavra meio-termo. Depravação total. As maravilhas e horrores de uma alma exposta. Altas doses de libido. A alma crua.
ANOS 70 - Baila comigo, entre nessa, afrouxe o cinto e aguarde. Conto lhe esta pequena história ao pé de seu ouvido. Como um segredo. Parece que ouço Alexandros dizer. O livro, ambientado no perigoso Rio de Janeiro dos anos 70, mostra as desventuras destes personagens, deste belo casal de pombinhos apaixonados que vivem um amor desesperado confinados dentro de um pequeno apartamento. Aos poucos, a situação esquenta e entram em cena outros malucos desavisados que pegam o bonde andando e não desapontam. Para a turma vale a máxima do um é pouco, dois é bom e três – ou quatro – é bom demais. Sexo grupal, acrescido de drogas e rock-and-roll. Mas adianto: o trem sai dos trihos e o final é trágico.
O livro tem o tamanho de um afronta, mas este ultraje aos bons costumes é bem redigido. A história convence. Se Nabokov não aprovaria a obra, que não tem o alcance literário e a profundidade de um clássico como Lolita, Bukowsky e Henry Miller, ou até um Pedro Juan Gutiérrez, certamente bateriam palmas, e excitadíssimos. O seu texto pode não ter o primor de, digamos, uma estrutura literária perfeita, mas ali pulsa incontestavelmente o sangue vulcânico de um grego maluco e dali brota uma torrente de vida e desejo incontestáveis. De seu nome embaralhado – Evremidis – surge um típico cidadão do mundo que se embrenhou e se perdeu pelos caminhos tortuosos e ardentes que não poucas vezes a vida oferece. Alexandros, um feliz desterrado, é um grego louco que “se perdeu pelo mundo, mas se encontrou no Brasil”, como anotou Carlos Heitor Cony, aocomentar o livro. Evremidis nasceu na Macedônia, mas vive no Rio de Janeiro, onde mantém sua “bússola apontada para o Mundo dos Livros e para a causa do Amor e da Liberdade”.

Carlos Heitor Cony - escritor - Manchete/RJ: "Os livros do Grego constituem um caso em nossa literatura. Ele encontrou o seu texto de forma surpreendente e com autêntico 'pathos' compreende na própria carne a nenhuma distinção entre a 'morfé' e a 'poé'. Não tem a complicação de Nabokov".

José Bálsamo - escritor- Manchete/RJ: "Foi preciso que um grego viesse para o Brasil e desse aos escritores da praça uma lição esquecida. Justamente por pertencer a uma cultura mais sólida (em criança, Alexandros comia as mesmas azeitonas que alimentaram Sófocles, Ésquilo e Aristófanes) ele não teve medo. Colocou o romance dentro de seu leito natural. Está acima da literatura porque está dentro da vida".

Heloneida Studart - escritora - Manchete/RJ: "Pungente, tem sensibilidade, força e decisão de contar tudo. Quando diz 'não faz literatura, faz vida', está certo. Através da linguagem contundente e crua, a vida patética, miserável, sofrida, aparece pingando sangue. Estava certo quando deixou tudo para ser escritor. Ele é, de direito, um deles".

Antônio Carlos Villaça - escritor - Jornal do Brasil/RJ: "Alexandros é um ser livre. Sua linhagem espiritual é a de Aguinaldo Silva e a de Henry Miller. Sua dramaticidade profunda nos subjuga e nos leva a seu mundo ardente. Um criador que logo nos incorpora em sua narrativa, nos obriga a ir com ele, a mergulhar também na vida, a sujar as mãos, o corpo, a entrar no seu drama. O Grego, tão vivido, como El Greco, sabe desfigurar o real e transfigurá-lo na terrível perspectiva salvadora do amor. E que delicadeza!".

Aguinaldo Silva - novelista - O Globo/RJ: "Em sua estréia literária, Evremidis preferiu um tipo de linguagem que assusta até mesmo os autores que não enfrentam maiores problemas com as palavras: o coloquial. Para uma história tão 'íntima', ele escolheu o tom exato, uma linguagem 'íntima'. Essa escolha (sem dúvida uma escolha, e não apenas uma obra do acaso) já serve para testemunhar o talento do escritor".

Jornal A Tarde - Salvador/BA: "Alexandros Evremidis é um nome que não vai ficar esquecido, nem mesmo que dele se diga que apela para um erotismo exagerado. Um Henry Miller brasileiro, eis o que ele se revela com sua narrativa do mais autêntico interesse. Do primeiro ao último capitulo, o autor derrama seus sentimentos sem se preocupar que escreve para o público, sem maiores preconceitos. Tem muito de humano, de verdadeiro e de corajoso. E se tudo não bastasse, estamos diante de um narrador inteligente, lúcido, crítico sagaz das formas alienadas, que marca os novos ficcionistas brasileiros".


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©Alexandros Papadopoulos Evremidis = escritor crítico > Email
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