| Soto | A construção da imaterialidade |

A primeira mostra retrospectiva individual, no Rio, das obras de Jesús-Rafael Soto, considerado o mais importante artista plástico latino-americano vivo - trazendo inclusive peças nunca exibidas e um penetrável, restaurado especialmente para o evento.

Quase quarenta obras do revolucionário venezuelano poderão ser vistas pela primeira vez em conjunto no país, oferecendo uma visão cronológica e conceitual do seu trabalho. A mostra ocupa quatro salas do Centro Cultural Banco do Brasil, numa perspectiva bastante completa da trajetória artística de Soto, pela primeira vez alinhada com o trabalho de seus contemporâneos brasileiros, num diálogo iluminador.

Jesús-Rafael Soto é hoje considerado o mais importante artista plástico vivo da América Latina, ainda produzindo, cujos ecos continuam a desafiar, propor e provocar hoje em dia. A exposição acompanha em quatro salas a trajetória coerente do trabalho de Soto - a mais antiga obra exposta é de 1952 - vindo desde as históricas e pioneiras obras cinéticas até os trabalhos mais recentes. Além de proporcionar uma visão panorâmica desta vida de criação, a mostra apresenta alguns trabalhos jamais exibidos em público, como a Esfera Theospácio e Ovale Moutarde. A exposição também traz ao Rio de Janeiro o Penetrável do Museu de Arte Contemporânea da USP, totalmente restaurado especialmente para este evento do CCBB.

Artista de tremenda ousadia e de constante renovação, em estado de permanente curiosidade e investigação de novos domínios, Soto se manteve, em mais de cinqüenta anos de trabalho, um permanente sonhador em busca de novos meios para avançar na produção e na percepção da arte.

Segundo Paulo Venâncio, numa definição o mais simples possível, "a arte cinética procura introduzir o movimento na obra, seja ele real ou virtual, seja através de elementos móveis ou efeitos óticos".

Artistas brasileiros num diálogo inédito com a obra de Soto

A mostra vai além da exibição da obra do venezuelano: vai possibilitar um diálogo com artistas brasileiros contemporâneos de Soto, abstrato-geométricos e cinéticos, que terão também obras expostas. "A idéia é evidenciar um dos momentos altos da arte moderna e a importantíssima e pioneira contribuição latino-americana que ainda influencia e estimula a arte e artistas da atualidade", define Paulo. "Nesta quarta sala será estabelecida uma relação entre obras de Lygia Clark, Hélio Oiticica, Sérgio Camargo, Lygia Pape, Franz Weissmann, Arthur Piza, Amílcar de Castro, Willys de Castro e Alfredo Volpi", completa o curador. As 37 obras de Soto que estarão expostas no CCBB estão vindo da Fundação ligada ao Museu que leva seu nome em Ciudad Bolívar, da Coleção Cisneros e de particulares (veja no box a lista completa das obras), além do Museu de Arte Contemporânea da USP.


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