| Roger Ballen |
O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta a exposição retrospectiva do artista americano radicado na África do Sul, Roger Ballen (Nova York, 1950), um dos fotógrafos contemporâneos mais importantes de sua geração. “Roger Ballen – Transfigurações, Fotografias 1968-2012” é a primeira grande exposição na América Latina do artista, que recentemente teve retrospectivas em grandes instituições dos Estados Unidos e da Europa.
A exposição apresentará uma seleção de trabalhos de Roger Ballen, que datam desde a década de 1960 até os dias de hoje, possibilitando ao espectador a observação do processo de desenvolvimento da obra do artista. Ballen começou a fotografar aos 18 anos e menos de uma década depois se mudou para a África do Sul, onde ainda reside. A partir dos anos 1980, ele passa a fotografar com câmera de médio formato, que exige uma abordagem mais consciente e meticulosa frente a seus objetos, e que resulta na imagem quadrada que utiliza até hoje. A série “Platteland”, publicada em livro em 1994, ano em que Nelson Mandela seria eleito presidente, atraiu a ira dos setores conservadores da África do Sul, fazendo com que Ballen chegasse a ser preso diversas vezes, e a sofrer ameaças de morte por seu trabalho. A partir de 1995, Ballen começa a ter reconhecimento internacional, e passa a figurar em importantes coleções públicas e privadas. Abandona a prática da fotografia documental e começa a desenvolver, a partir da série Outland, uma nova linguagem, fundamentada nas teorias junguianas, em que une realidade e ficção, o espontâneo e o teatral, o retrato e o “tableau”. Essa fotografia repleta de ambiguidades e criadora de uma estética do grotesco culmina em Shadow Chamber e Boarding House, séries que inspiraram inúmeros ensaios e obtiveram grande sucesso de crítica e de público, tanto nas exposições em todas as partes do mundo, quanto em sua publicação em livro pela Phaidon Press. Ballen continua trabalhando com uma Rolleiflex – mesma câmera analógica empregada em “Dorps”, há 30 anos – , e se mantém, até o momento, distante das manipulações digitais. As fotos são todas em preto e branco.
Com curadoria de Daniella Géo, brasileira radicada na Bélgica, a exposição cobre desde os primeiros anos da trajetória de Ballen até o seu projeto mais recente. São oito séries fotográficas e mais de cem obras, que cobrem a produção do artista, apresentadas em um espaço labiríntico, projetado pelo arquiteto belga Koen Van Synghel, ganhador do Leão de ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2004. Daniella Géo é doutoranda em artes visuais pela Université de la Sorbonne Nouvelle, Paris.
Rio de Janeiro 2012


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©Alexandros Papadopoulos Evremidis = escritor crítico > Email
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