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"A Ilha dos Cães" de Rodrigo Schwarz / Editora Bertrand Brasil


Sir Richard Francis Burton, o primeiro ocidental a revelar os segredos das cidades sagradas do Islã e a traduzir fielmente o Kama Sutra e As Mil e Uma Noites. Um erudito capaz de falar 25 idiomas. Entre infindáveis façanhas, Burton também atuou como diplomata no Brasil, no século XIX. Ao fim de seus trabalhos e expedições na ex-colônia portuguesa, o célebre aventureiro foi transferido para Damasco, na Síria. No romance A Ilha dos Cães, a história de Burton sofre um atribulado desvio. Ao invés de retornar ao Oriente Médio, cenário de muitas de suas aventuras, o inglês acaba em uma diminuta ilha no Oceano Atlântico. Resta-lhe uma última tarefa: escrever uma fantasia épica, urdida durante sua temporada em Santos — inspirada em suas traduções de Camões.

Aos poucos, Burton descobre que a subestimada ilha também oferece insondáveis mistérios. Seu companheiro no lugar, um pescador brasileiro, passa a esculpir enigmáticos cães de madeira. Essas peças e seus significados obscuros acabarão interferindo no próprio livro de Burton.

A obra do aventureiro, um romance dentro do romance, narra a saga das civilizações pré-colombianas, em uma América que nunca foi pisada por Colombo, Cortez e Pizarro. Para tanto, Burton engendra um fantástico ardil em alto-mar, capaz de impedir as grandes navegações. Então, no ano de 1869, as civilizações dos incas, maias e astecas prosperam, sem jamais terem permutado seu ouro por balas de canhão e varíola espanhola.

Neste cenário idílico, onde Burton especula o destino destas culturas sem o contato com os europeus, encontra-se um escriba asteca. Assim como o autor, ele também explora os mistérios de uma ilha, A Ilha dos Cães, o lugar mais lúgubre do império asteca. Assim como o autor, ele também busca escrever um épico. E, como Richard Burton, o escriba tem a avassaladora certeza de que não possui leitores. Além de ter perdido a visão, o único parceiro do inglês na ilha encontra-se constantemente imerso nas suas esculturas, alheio à fantasia produzida por Burton. O escritor então se depara com o mais inquietante de todos os mistérios da ilha:
Seria válido levar ao fim seu livro, sendo que a obra não terá apreciadores?
No império asteca, um atormentado escriba faz o mesmo questionamento, resultando em um fabuloso e instigante jogo de espelhos.

Rodrigo Schwarz nasceu em Joinville, Santa Catarina, em 1976. Aos dezenove anos mudou-se para Porto Alegre, onde trabalhou como jornalista e produziu contos. Um desses trabalhos integra a coletânea Contos Desamordaçados (1999). A Ilha dos Cães é seu primeiro romance.

Resenha, por Nei Duclós > aqui


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