| Pilar Domingo |
Artista carioca, nascida em 1953, na Baia da Guanabara, sempre apreciou brincar e trabalhar e assim cresceu, explorando no seu dia a dia, a intimidade da vida.
Vinda de uma família de artistas, toda a sua vida foi trilhada no caminho da arte, a começar pelo seu pai o artista plástico, arquiteto e cenógrafo, Benet Domingo que na década de sessenta transformou o carnaval carioca, introduzindo os personagens populares nas cenografias carnavalescas.
Desde pequena, Pilar sempre quis ser artista, e entrou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, lá cursou Pintura e depois Gravura, ganhou mais de 10 prêmios, participando de 14 salões. Fez exposições na Itália, Espanha, Brasil e Nova York, aonde têm obras em Coleções, Instituições e Museus.
Inspirada na muralha do templo de Machu Picchu, vendo um módulo sobre outro atingir grandes proporções, teve a idéia de somar módulos de gravura criando uma gravura monumental, com tamanhos de até três metros. A partir desta descoberta o seu trabalho passou a ser uma constante busca de possibilidades, chegando a fazer um trabalho tridimensional na gravura.
Durante quatorze anos atuou como arte-educadora, trabalhando junto com Noêmia Varella na Escolinha de Arte do Brasil e dando aula de Gravura, Modelo Vivo e Plástica na UFJF, em Minas Gerais.
Em 1997 concluiu seu Doutorado em Arte Contemporânea, na Universidad Complutense de Madrid, na Espanha.
Pilar Domingo sempre se encantou com a arqueologia da Natureza, admirando cada fragmento desta. Qualquer passeio na praia é uma investigação arqueológica, a procura de pequenos e grandes vestígios do tempo transformador da arte. Preocupa-se não só com a beleza em sua arte, mas também com a interação e o melhor aproveitamento em todos os seus aspectos, transformando os ambientes em instalações multi mídia, que não mais recebem o trabalho, senão, são parte dele. Sendo um exemplo disso a sua exposição, ‘As Poderosas Bestas’ aonde expôs sua série de pinturas sobre o Apocalipse, em uma igreja barroca de 1532, na Sicília, Itália, suas obras interagiam com as imagens do bestiário da própria Igreja.
Outro grande marco na vida da artista foi a sua ida para Tortosa (Catalunha), cidade natal de sua família, vivendo no prédio que havia sido construído pelos seus avôs, junto com o seu irmão, o artista, Pedro Benet, resgatou o edifício do leilão público e nele fez diversas exposições, instalações e shows. Todas as atividades que realizava no Edifício Modernista de 1900, tinham características de integração, pois a artista se utilizava de todo o espaço disponível de forma harmoniosa, desde a escada, até o banheiro, tudo era pensado com atenção, nada era deixado de lado, tudo ganhava vida e sentido. Quando teve que sair do edifício, fez a sua última série de trabalhos na Espanha, intitulada ‘Casa’, aonde ela capturava as diversas camadas de tinta das paredes, nas telas, podendo levar com ela um pedaço daquele espaço que havia sido tão mágico na sua vida emocional e profissional.

Rio de Janeiro 2011


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©Alexandros Papadopoulos Evremidis = escritor crítico > Email
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