Marilia Kranz 1968 – 1974 - relevos e esculturas - exposição e lançamento de livro
A beleza na etérea singeleza.

A expo e o lançamento do livro da artista plástica Marilia Kranz marcam a trajetória de quatro décadas de atividade e 70 anos de vida de um dos nomes mais sólidos do panorama visual do país. “Marilia Kranz são duas. Mas cada uma delas, muitas. E sendo tantas e apenas uma, em tudo o que faz, como cidadã e artista plástica, revela-se solidamente coerente”. Assim começa o texto do crítico de arte e pesquisador Frederico Morais, cujo início resume bem a amplidão e o riquíssimo caminho traçado por esta artista singular. Muita história para contar e muita obra para eternizar.

O Livro é o mais completo sobre a vida e a arte da artista e apresenta vários aspectos de Marilia Kranz: artista plástica, ativista política, personalidade social e musa de outros artistas. As 204 páginas com mais de 100 ilustrações contam uma história de vida envolvente que tanto no circuito de arte como na vida social foi pautada pela objetividade de ações e intervenções de uma artista atuante, empreendedora e séria. Desvenda a artista atuante na política e nas artes que soube com competência evitar “estetizar” a política e uma arte panfletária.
O livro traz, ainda, muitas lembranças encantadoras de um Rio de Janeiro versátil, rico culturalmente e com humor criativo. Registra o talento da artista e mostra como Marilia também foi fonte de inspiração de diversos colunistas da imprensa nacional. O livro seduz o leitor e faz desta edição diferente da maioria das biografias de artistas plásticos.

A exposição apresenta relevos, gravuras, esculturas e desenhos produzidos entre 1968 e 1974 que mostram a etapa em que, em sua obra, Marilia Kranz antecipando tendências se lançou a materiais e tecnologias que não eram utilizadas por outros artistas naquela ocasião. Foi neste momento que Marilia passou a experimentar resinas industriais – epoxy, poliéster, poliuretano rígido, poliestireno, fibra de vidro, esmaltes industriais, entre outros - usando a tecnologia da moldagem a vácuo, na criação de relevos e quadros-objetos e o acrílico cortado e polido para as esculturas. É importante assinalar que a tecnologia aplicada ao aproveitamento desses novos materiais era ainda pouco conhecida até mesmo pelos industriais brasileiros. Nesse sentido, pode-se falar do pioneirismo de Marilia, que juntamente com Glauco Rodrigues e Vergara, mas de um modo mais consistente e prolongado, está entre os primeiros artistas brasileiros a fazer uso da tecnologia da vacuum forming na criação artística.
O retrospecto do trinômio arte-tecnologia-novos materiais presentes nas 18 obras a serem apresentadas no MAM-Rio é, sobretudo, uma merecida homenagem a esta mulher carioca que mistura sangue húngaro, cearense e paranaense, que através de suas invenções, provocações e ousadias “pinta e borda” até hoje aos 70 com a mesma garra de seus 20 anos.

Rio de Janeiro 2007


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