| Maria Lúcia Pivetti |

A artista compenetrada

A atividade artística é a parte da observação para avaliação da obra de arte. Trata-se de espaços preciosos onde o artista opta por segmentos, formando estruturas e finalmente a linguagem.
Maria Lúcia Pivetti proporciona esta leitura, mostrando resultados de pesquisa através das formas do seu conhecimento no manuseio dos meios materiais e instrumentais. Acercando-se do seu perfil inicial sempre a Escultora formula sua opinião, implantando seu estilo.

Despojada, no final da década de 80, a figura de mulher em bronze surge voltada para um figurativo distinto, onde joga toda força ao expor a matéria, estabelecendo o confronto que visa expor, suas dúvidas e reações do público. Na mesma década surge a Série "Bigorna", onde o volume amplo sem vazamento, coloca a idéia central. A partir daí, nova fase, rica, repleta de reflexões e inesgotáveis Constâncias, Maria Lúcia Pivetti expõe seu símbolo compacto, a partir desse momento; o reestudo da imagem sempre calcada na Bigorna, acelera nova ênfase na sua carreira. Ligada a esta realidade, extremamente estimulante onde, se confronta com diversas tendências, passamos a visualizar toda a multiplicidade da escultura voltada para uma tônica onde a Artista, de modo sintético, estabelece suas análises. É importante não perder a referência do seu momento e tomar nas mãos o estudo, aproveitando as circunstâncias em que a Individualidade pulsa.
A tarefa de Pivetti nesta individual demarca o volume através do traço, é uma bordagem constante, desta feita em ferro grafitado.
A artista que viveu, de 1966 a 1983 entre Florença e Roma, vivenciando e participando do circuito das artes plásticas, aqui no Brasil imprime no fazer com a sinuosidade, os vazados, o sobrepor do material diante da luz, os altos e baixos que sugere uma comparação imaginística ao nosso relevo geográfico.

Diante das novas condições adquiridas com o embasamento, surge uma dinamicidade incontrolável que independente de tamanho mas de um Desenho Escultórico que permite que a artista crie suas barreiras, prevendo com o preencher o espaço desejável ou aquele que lhe será proposto. A escultora não quer uma celebração restrita, patética, decorativa. Maria Lúcia Pivetti compartilha junto da Arquitetura, do Design, da abrangência do seu horizonte formal num itinerário para sempre propor novas análises e estar aberta a todos os estimulos estéticos.
Vicente de Percia, Membro da Associação Brasileira (ABCA) e Internacional (AICA) de Críticos de Arte

Rio de Janeiro 2011


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©Alexandros Papadopoulos Evremidis = escritor crítico > Email
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