| Manuel Alvarez |
Artista plástico argentino, um dos nomes mais importantes do concretismo, linguagem com a qual trabalha desde os anos 50, “em silêncio e, ao mesmo tempo, de forma rigorosa”, de acordo com o curador Ubaldo Kramer.
O título da mostra diz respeito ao conceito matemático utilizado na arte desde a antiguidade e que também pode ser observado na natureza, como nas conchas, colméias e no corpo humano, conceito este que Alvarez utiliza como base de seus trabalhos. “Nada é casual, tudo está aritmeticamente calculado e filosoficamente pensado. Tais características constituem etapas irrefutáveis de seu processo criativo, além de uma introspecção profundamente ligada à ação”, analisa o curador.
Essa fascinação pela rigidez do cálculo foi fortemente influenciada pelas ideias do matemático romano Matila Ghyka (1881 – 1965), autor de exaustivos estudos da proporção áurea e que inspirou muitos artistas concretistas argentinos. Outras fortes influências no trabalho de Manuel Alvarez, instigado pela relação entre tempo e espaço, vieram das leituras de Santo Agostinho e Henri Bérgson.
Além do conceito, evidenciado pelo título da exposição e conhecido também por outros nomes, como proporção de ouro e razão áurea, entre tantos, as obras exibidas são marcadas por contrastes intensos e pela constante presença dos elementos geométricos. A exposição, que celebra a extensa carreira de Manuel Alvarez, traz obras de uma grande abrangência cronológica, com trabalhos produzidos nos anos 50, 60, 70 até os anos 2000. Proporção Áurea é um recorte da produção do artista, que, aos 88 anos de idade, continua a produzir. Nas obras de Manuel Alvarez se encontra imprimida sua busca pelo equilíbrio e a ordem na geometria. “Em contraposição com o efêmero, o anedótico e a fugacidade de muitos extratos da arte de nosso tempo, reencontra-se com trabalhos que apostam na eternidade”, diz ainda Ubaldo Kramer sobre o artista. “Em tempos de poluição visual e de sobredimencionamento de produtos artísticos, suas estruturas geométricas regidas pelo número, pelo ritmo e pela proporção convidam-nos a entrar em harmonia com a silenciosa conversação, estabelecida pelas formas severas e cores que exaltam uma perfeição obtida com rigor e ofício depurado”, conclui.
Manuel Alvarez é considerado um dos mais importantes artistas construtivistas da Argentina, tendo criado, juntamente com Tomasello, Vardanega e Arden Quin, o grupo Arte Nuevo em 1952, movimento artístico de renome mundial.
Nascido em 1923, em Buenos Aires, Argentina, Manuel Alvarez estudou pintura, filosofia e letras. Seu interesse na relação entre tempo e espaço surgiu a partir da leitura de Santo Agostinho e Henri Bérgson. Converteu-se ao abstracionismo no ano de 1952. Dois anos mais tarde foi viver em Paris devido a uma bolsa de estudos e regressou de lá com ensinamentos sobre estética e sobre a técnica renascentista de preparação de cores. Ainda nos anos 50 fundou o grupo Arte Nuevo ao lado de nomes como Arden Quin, Tomasello e Vardanega. Já expôs por todo o mundo e participou de eventos de renome, como a Bienal de Veneza e Bienal de São Paulo, e exposições no México, França, Uruguai, entre outors. Tem obras nas coleções de museus na Argentina, Chile, França, Paraguai e Uruguai, bem como na Embaixada Argentina no Japão.

Rio de Janeiro 2011


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