Julia Miranda

Julia Miranda é inglesa, mas também é brasileira. Filha de dois artistas plásticos, o brasileiro Luiz Aquila, considerado o “pai da geração 80”, e a inglesa Liz Miranda, sempre viveu na rota Rio de Janeiro/Londres. Sua primeira exposição no Rio de Janeiro, Volte Sempre, tem como referência seu hábito de voltar sempre. Do Rio a Londres e vice-versa.
Entre os trabalhos da mostra, quadros feitos em papel de embrulho que ainda existe em rolos em algumas lojas na cidade, escritos com a frase Volte Sempre. Além do papel, ela utiliza também lona e outros materiais já impressos como lençóis de cama, pipas e papel de presente. “Como artista sou atraída pelos suportes e suas próprias qualidades: peso, cor, consistência e textura. Atraem-me também os materiais baratos, ou mesmo gratuitos, que não foram feitos para arte, mas sinto-me livre para utilizá-los”.
A crítica de arte inglesa Elena Pippou, assim descreveu o trabalho de Julia ao visitar seu ateliê em Londres: “Num dia gelado entre algumas ruelas do bairro de Kentish Town, chegamos a um antigo pátio onde através de uma gigantesca cortina de plástico e um buraco na parede, entrávamos no ateliê de Júlia.
Telas cobriam paredes e chão. Era tudo tão belo e cheio de vida que fiquei sem fôlego. As telas de Julia são imensas, não somente em tamanho, mas também em conceito. Julia, na realidade, nunca define verbalmente seus conteúdos, mas isto funciona bem, porque acrescenta uma intrigante ambiguidade. Você fica por muito tempo estarrecido, admirando-as e, ainda no caminho de volta, continua a indagar-se sobre o que você viu.
A arte de Julia captura beleza não convencional, o que é um assombro. Para Julia, o que marcar, tingir, pintar e desenhar é material digno de ser usado, desde aquarela até um torrão de terra, e ela os aplica sobre suportes diversos, como roupas de cama, papel toalha, sinalização de obras e vários tecidos. O foco de Julia é a criação da imagem a partir de qualquer coisa que já venha com sua própria história, que ela desenvolve ou parcialmente apaga”.
Julia é uma artista conceituada e experiente, que além de pintora e desenhista, também cria vídeos e obras gráficas. Participou de diversas exposições coletivas na Europa e, além de ter exposto em mostras individuais importantes como a da Original Gallery e fazer uma ocupação em espaço vazio em Whitechapel, em Londres, em 2011 vai expor no Home from Home Gallery em Munique , Alemanha.
Julia se formou em design gráfico na Universidade de Brighton. Em Londres trabalhou dez anos como diretora de arte e designer no canal BBC, focando em documentários de arte, como por exemplo Art in the National Gallery, Art Store e At the Tate. Em 2005 concorreu ao prêmio BAFTA - British Arts and Television Awards.
No Brasil, a artista divide suas atividades entre seus ateliers no Rio e em Petrópolis, onde vive seu pai. Paralelo ao trabalho no ateliê, Julia continua como designer e ilustradora. Atualmente, colabora com a escritora carioca Carla Vergara no livro de poemas O Palhaço e a Bailarina, contribuindo com desenhos em nanquim.
Em 2009 foi convidada por Alexandre Youssef, dono Studio SP, e criar uma série de cartazes comemorativos dos cinco anos da casa de shows com artistas que passaram por lá, entre eles Céu, Mallu Magalhães e Cansei de Ser Sexy. O convite foi repetido em 2010, com uma série incluindo cartazes da cantora Tiê, Orquestra Imperial e Otto.

Rio de Janeiro 2010


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