| JOSÉ BECHARA | PARAMARELOS |

Depois de expandir seus limites na criação de uma mega-instalação que ocupou o Museu de Arte Moderna do Rio, o artista José Bechara volta à pintura e apresenta a exposição Paramarelos. Os novos trabalhos - grande parte deles oxidação sobre lona - foram feitos durante a Primavera, o que resultou numa tonalidade mais amarelada das obras. “A diminuição do tempo de oxidação das lonas combinada às condições climáticas da estação me deram um resultado de cor diferente do que venho fazendo”, explica Bechara.

A mostra vai reunir cerca de 10 telas em pequeno, médio e grande formatos e traz mais uma novidade – a mistura das oxidações com as pinturas a óleo, que Bechara retoma depois de 15 anos. Apesar de alérgico à tinta, o artista resolveu voltar a usá-la em função de suas propriedades. “Comparada à acrílica, a tinta óleo oferece mais possibilidades, obriga a uma espera, seca lentamente e me permite mudar o rumo do trabalho".

O artista amplia a sua paleta de cores, com o preto, o vermelho e o amarelo. Sua geometria, que vem sendo construída sobre suportes insólitos como lonas de caminhão ou peles bovinas, volta para a tela nesta nova série na qual Bechara demonstra seu interesse em continuar contrapondo o rigor formal ao informalismo.

José Bechara é um dos artistas mais conceituados da geração 90. Realiza exposições em importantes instituições e galerias nacionais e internacionais. Em 2002, foi um dos artistas integrantes da representação brasileira da XXV Bienal Internacional de São Paulo.

Nasceu no Rio de Janeiro em 1957. Iniciou sua produção no final dos anos 80, e atua desde então no campo da pintura. Desenvolve sua linguagem na utilização diversificada de métodos e materiais, permitindo novas experiências no campo pictórico. No lugar da tela branca, utiliza lonas marcadas por mercadorias, estradas, acidentes e práticas de um universo bem distante do tradicional ofício de pintor.

No lugar de pigmentos de cor e pincéis, é a matéria ferruginosa corroída pelo tempo que cria seus efeitos cromáticos. Este caráter experimental, aliado a um grande rigor estético, encontra-se presente também em sua produção mais recente, na qual utiliza a pele bovina como suporte.

Foto: Cesar Oiticica Filho

Rio de Janeiro 2004


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