| "DESDOBRAMENTOS DA PINTURA BRASILEIRA NO SÉC. XXI" by Isabel Diegues e Frederico Coelho, org. |
Com um catálogo focado em publicações sobre arte e cultura contemporâneas, a Editora Cobogó dá um importante passo na construção de um registro pictórico brasileiro. Chega às livrarias de todo o Brasil o livro Desdobramentos da Pintura Brasileira Séc. XXI que, como o próprio nome sugere, apresenta um panorama da pintura expandida brasileira que vai além da tinta sobre tela. Esculturas, fotografias, tinta sobre diferentes suportes, encenações performáticas, projeções e outros meios são retratados nesta publicação.
Organizado por Isabel Diegues e Frederico Coelho, o livro reúne parte da produção de 30 artistas brasileiros de diferentes gerações e regiões do país. “Pintura expandida, pintura desdobrada, pintura reprojetada, pintura reencarnada, pintura ampliada. São muitas as expressões usadas para dar conta de procedimentos inventivos feitos a partir de questões e elementos relativos à pintura”, comentam os organizadores no texto de apresentação.
Com mais de 160 obras de nomes como Luiz Zerbini, Nuno Ramos, Antonio Dias, Leda Catunda, Carlito Carvalhosa, Rivane Neuenschwander, Jac Leirner, Marcius Galan e Tiago Rocha Pitta, entre outros bambas, a edição compreende diversas técnicas, gêneros e reflexões sobre os caminhos da pintura expandida mais recente no Brasil. O livro conta ainda com ensaios dos críticos Luisa Duarte e Tiago Mesquita.
LAURA LIMA cria situações experimentais que exploram os limites entre o cotidiano e o absurdo, entre a ficção e o sonho, performance e escultura. Graduada em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), frequentou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage de 1991 a 1994 - Rio de Janeiro - RJ. Duas vezes convidada da Bienal de São Paulo, participa de diversas exposições no Brasil e no exterior. Laura fundou e co-dirige com Ernesto Neto e Márcio Botner a galeria de arte “A Gentil Carioca”, no Rio de Janeiro desde 2003. É ganhadora do Prêmio Marcantônio Vilaça de 2006. Participou em exposições como Arco Madrid 2008, Bienal de São Paulo (1998 e 2006), duas edições da Bienal do Mercosul (Porto Alegre), To Age (Chapter Art Centre - Cardiff, Inglaterra); A Little Bit of History Repeated (Kunst Werke, Berlim), Alegoria Barroca na arte contemporânea (Centro Cultural Banco do Brasil, RJ), Troca Brasil PNCA (Portland, Oregon, EUA) e Panorama da Arte Brasileira 2001 e 2006, entre outras.
LUIZ ZERBINI nasceu em 1959, em São Paulo e, desde 1983, vive e trabalha no Rio de Janeiro. As telas de Zerbini versam sobre temas clássicos da pintura como a paisagem, o retrato e a abstração. O artista explora, ainda, a transposição da experiência visual bidimensional para uma experiência imersiva no espaço, utilizando-se de vídeos, slides, fotografias, objetos, pintura sobre parede e luz como ferramentas. Suas propostas pictóricas passam por corredores de paisagens geometrizadas resultantes de impressões fotográficas e salas escuras onde reflexos ou projeções de detalhes coloridos inserem o espectador dentro de uma composição abstrato-geométrica. Em Paisagemnaturezamortaretrato, 2008, três monocromos de superfície reflexiva foram apresentados num ambiente pintado de preto onde apenas partes da arquitetura ganhavam cores elétricas, fazendo com que a imagem vista nas pinturas se formasse, de fato, fora delas. Já em Inferninho, instalação exibida na 29ª Bienal de São Paulo, 2010, uma sequência de luzes programada por computadores desenvolvia-se sobre um chão de areia branca dentro de um cubo preto. Numa dinâmica intrínseca ao processo criativo do artista, esses trabalhos tridimensionais levam novas informações de volta para sua pintura sobre tela.
RAFAEL ALONSO nasceu em Niterói, em 1983, e hoje vive e trabalha no Rio de Janeiro. É mestre em Linguagens Visuais pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Desde a sua primeira exposição, em 2003, sempre pautou seu trabalho por um olhar crítico sobre a pintura e seu lugar na arte contemporânea. Sua crítica, porém, não trata da importância ou da validade da pintura enquanto procedimento, mas, sim, se manifesta na busca de novos materiais e abordagens para ampliar a relação entre a tradição pictórica, os objetos e as imagens do cotidiano. Elásticos de escritório, fitas adesivas, convites de exposição e laminas de vidro são explorados como materiais compositivos e superfícies de cores flutuantes, arquitetadas em linhas metodicamente constituídas, e servem também como suporte para a pintura de novas imagens, que dialogam com informações visuais industrialmente preexistentes. Fruto de uma geração que absorveu o design e a computação gráfica como partes constituintes do trabalho artístico, Alonso desenvolve um caminho em que a pintura não cessa de receber novas informações que reconfiguram as bases e os princípios tradicionais. Ao mesmo tempo em que afirmam novas possibilidades pictóricas, as obras do artista aludem a movimentos históricos da pintura, e suas superfícies sofisticadas acenam ao Minimalismo, ao Op e ao Abstracionismo Geométrico.

Rio de Janeiro 2013


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