| Hercules Barsotti |
“Hercules Barsotti – Além do Olhar” - 30 serigrafias do grande artista neoconcretista. Cada obra será acompanhada de sua representação em material tátil especialmente concebida para deficientes visuais. A mostra tem curadoria de Cláudia Lopes e a visitação acontece de terça a domingo, das 10h às 21h. A entrada é gratuita e patrocínio da Caixa Econômica Federal.
Um dos diferenciais da exposição é dar maior acessibilidade aos deficientes visuais, possibilitando que a obra bidimensional seja apreciada por pessoas que enxergam ou não. O público em geral será convidado a se submeter à experiência tátil, conduzido pela galeria por monitores treinados, que os orientarão a tocar o material, a fim de perceber as obras. O catálogo da exposição, além de incluir obras expostas, também terá textos em Braille e imagens em relevo.
Na abertura, na quinta-feira (3), às 18h, haverá duas palestras gratuitas, com Viviane Sarraf, da Museus Acessíveis (www.rinam.com.br), sobre acessibilidade em espaços culturais, e com Rosilene Baietti, da Efeito Visual (www.efeitovisual.com.br) sobre comunicação sensorial, no Cinema 2 da CAIXA Cultural.
A seleção das obras de Barsotti para a exposição é baseada no conjunto de sua experiência pictórica, sua pesquisa de forma e cor que o consagrou na arte brasileira. A mostra permitirá uma reflexão sobre as linguagens, uma abertura na questão do olhar, tanto no ato de enxergar quanto nos diversos modos de ver.
“Alguém que enxerga, muitas vezes passa por objetos, formas e cores sem parar para sentir, de fato, sem perceber ao que se reporta a escultura ou a pintura. Nossa proposta é que o espectador permaneça um tempo maior na sala de exposição, que sua visita seja de fato uma nova experiência, e que nessa experimentação seja ampliada sua percepção”, afirma a curadora Cláudia Lopes.
Hércules Barsotti é um artista neoconcreto que nasceu em São Paulo, em 1914, e faleceu na mesma cidade, em 2010. Desenhista, pintor e programador visual, Barsotti iniciou sua formação artística em 1932, sob orientação de Enrico Vio. Paralelamente, estudou química industrial no Instituto Mackenzie (SP). Nos anos 1950, tornou-se desenhista têxtil, criando, em 1954, juntamente com Willys de Castro, um estúdio de projetos gráficos na capital paulista. Dedicou-se ao trabalho de criação no campo da arte concreta, mas não pertenceu ao Grupo Ruptura, de São Paulo.
Em 1958, viajou para a Europa onde entrou em contato com Max Bill, responsável pela irrupção do concretismo no Brasil. Integrou, a partir de 1960, o Grupo NeoConcreto, liderado pelo crítico Ferreira Gullar, que tinha suas bases no Rio de Janeiro, quando participou das exposições do grupo realizadas no Rio e São Paulo, e da mostra internacional Konkrete Kunst, organizada por Max Bill em Zurique. Entre 1963 e 1965, participou do Grupo Novas Tendências, que tentou reagrupar os artistas de tendência geométrica em São Paulo. Em 2004, o Museu de Arte Moderna de São Paulo organizou uma abrangente retrospectiva do artista, enfatizando sua contribuição à arte brasileira do século XX.

Rio de Janeiro 2012


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