Gaia

A revista "Tramontina Hoje", com uma aguçada e apurada visão cultural, convidou 20 artistas plásticos brasileiros de renome internacional, tais como Gaia, Francisco Brennand, Siron Franco, Mestre Didi, Amélia Toledo e outros, para compor a sua primeira edição, muito apropriadamente intitulada "Viver com Arte", aspiração íntima de todo ser humano que assim se qualifica. A revista foi editada em três idiomas com divulgação em mais de 120 países.
"A rigor, esta breve notícia dispensa todo e qualquer comentário, pois que ela já tudo diz - inequivocamente referencia e credencia Gaia como membro do selecionado grupo de artistas brasileiros com trânsito e reconhecimento internacionais. Não por acaso lhe foi conferido o prêmio máximo da Bienal de Florença 2007, na Itália, pelo conjunto da obra.
Entretanto, acompanhando o fazer artístico de Gaia há algum tempo, não posso me furtar de fazer coro e dizer serem tanto a florentina premiação quanto a inclusão na revista "Viver com Arte", nada mais que merecidas distinções, fazendo jus às suas obras, que ostentam criteriosa contemporaneidade no uso de matérias e materiais ctônios e telúricos, construtivos, madeira, papel, linha, vidro, acrílico - tudo conjugado em esmerada fatura artesanal. Arte e engenho maçônicos, portanto, que as elevam a sutis categorias estéticas, totémicas formatações etéreas, suspensas na escuridão do firmamento, como se luminescentes egrégoras catalisadoras de sinérgica energia.
Lembro vividamente - após, em recente exposição, contemplar detidamente as suas hieráticas criações, ter pensado nelas como delicadas jóias (de fato, encontravam-se condicionadas em belas e herméticas caixinhas) - silenciosas e diáfanas de tão desmaterializadas entidades, imaculadas, sedutoramente partênicas. A sensação que então me dominou foi a de temor - um simples toque, um bafejar e, pior, mesmo um olhar, se não pautados pela necessária reverência, poderiam profaná-las". By Alle Kunst, abril, 2008.


As mais recentes criações de Gaia consistem em duas instalações - uma de madeira, papel e linha e outra feita com desenhos em caixa de acrílico, além de oito objetos em madeira, papel e linha de várias dimensões e 14 desenhos em acrílica sobre papel, madeira e linha.

Segundo Cristina Terra Sotto Mayor, existe uma memória nas tábuas de demolição usadas como base para os trabalhos de Gaia, reveladas através do olhar de resgate do artista e de seu trabalho de limar e lixar o excesso do tempo. Um tempo que passou misturado com o futuro que virá: base para o sonho da criação do artista.

As obras de Gaia são ricas de acontecimentos paradoxais. “Mas essa cosmogonia dos objetos se afirma em suas mudanças em que a própria materialidade cria uma outra dualidade: sua estrutura é forte, pois se origina do universo amazônico: arquitetura, estrutura de vida e sobrevivência entre árvores, troncos e água (tranlucidez); ao mesmo tempo em que tal estrutura se define pela linha que a sustenta, gerando uma tensão própria e que marca os objetos” – explica Luizan Pinheiro, professor de Estética e História da Arte da UFPA.


Rio de Janeiro - 2006


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©Alexandros Papadopoulos Evremidis = escritor crítico > Email
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