Exposição "L'Univers Brésilien" - Galerie Everarts - Paris
Brasil e França – caso de amor sacramentado

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Des artistes brésiliens ensorcellent les français

©Alexandros Papadopoulos Evremidis

Logo ao primeiro entendimento com minha co-curadora, Diva Pavesi, arquiteta primeira dessa coletiva, e dado o feliz título que ela atribuiu à mesma, ficou claro para mim que a seleção dos artistas integrantes teria que, posta a polissemia da palavra “Universo”, obedecer a um trinômio fundamental.

Por um lado, e diante da natureza intrínseca da arte, transcendendo fronteiras geográficas, nacionais e socioculturais, ela teria que se pautar por critérios universais, no sentido generoso e literal do vocábulo. Pois, de fato, é justo pontificar que a arte não tem pátria nem mátria, apenas frátria - fraternidade de pessoas sensíveis e atentas à problemática humana, razão porque devotadas a acrescentar beleza à beleza existente.

Por outro lado, também os artistas teriam que ter esse caráter universal, só que no sentido de representativos do universo artístico brasileiro – um corte em sua produção contemporânea. Afinal, a arte é universal, mas também é expressão do seu tempo e do locus em que se desenvolve e realiza. No caso, o adorável Brasil, que os franceses adoram desde Villegagnon, que, logo após o Descobrimento, aqui estabeleceu a França Antártica e criou indeléveis vínculos afetivos, reforçados por sucessivas visitas de artistas, que culminaram com a vinda da Missão Francesa, provedora de régua e compasso e fundadora do que hoje é universalmente conhecido como Arte Brasileira, diga-se, por todos desejada. Não por acaso, pois é inconteste sua “joie de vivre”, espontaneidade, exuberância cromática e sincrética multietnia. Uma irresistível sedução!

E foi assim que, orientados por esses parâmetros, e após sucessivas demarches e criteriosas avaliações, Diva e eu chegamos ao consenso em torno dos seguintes artistas do que ficará na História da Arte Contemporânea Brasileira como “Grupo Everarts”: Andrea Brandani, Bia Finkielsztejn, Denise Araripe, Leopoldo Martins, Solange Palatnik e Sonia Madruga. E, nomeando-os, já chego ao terceiro... pé do trinômio, e é para afirmar que, embora se trate de um grupo homogêneo, coeso e coerente, que representa dignamente o Universo Brasileiro, cada um deles é também, por sua vez, ecleticamente, um universo em si, com toda a variada riqueza criativa que isso envolve e irradia.

Alexandros Papadopoulos Evremidis – Representant des artistes


A seguir, comentários de alguns artistas sobre o texto:

Alexandre - a sua apresentação está uma beleza! Prende o leitor, reúne o Universo, uma viagem fantástica no tempo, e desperta a vontade de VER, CONHECER este trabalho que você apresenta de modo tão atraente e único. Adoro como você escreve e prende a atenção: vc é um grande artista, querido grego. Estou impressionada e tocada com seu texto. - Sonia Madruga.

Muito bom seu texto, Alexis. Obrigado. Beijos da amiga - Solange Palatnik.

Alexis! Pura sensibilidade!! Uma MARAVILHA!!!! ;) Obrigada pelas carinhosas palavras... - Bia Finkielsztejn.

Alex, valeu sua competência!!! Obrigado - Denise Araripe.

Olá, Alex. Parabens! O texto ficou ótimo - Leopoldo Martins.

Quanto ao comentário... Alex, você se superou. Show!!! - Thereza Toscano.

Seus textos são como sempre brilhanttes - Andrea Brandani.

Rio de Janeiro - 2009

©Alexandros Papadopoulos Evremidis > escritor crítico > Email


E aqui a versão francesa do texto de apresntação do Grupo Everarts:

Le Brésil et la France - une affaire d’amour consacrée par l'exposition "L'Univers Brésilien" - Galerie Everarts - Paris

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Des Artistes Brésiliens ensorcellent les Français

Suite au premier accord avec ma partenaire, la commissaire de l’exposition « L’UNIVERS BRESILIEN », Diva Pavesi, architecte de ces expositions collectives, et en raison du titre particulièrement heureux qu’elle lui avait donné, il était clair pour moi que le choix des artistes participants devrait, en raison de la polysémie du mot "univers", obéir à un trinôme de base.

D'une part, et devant la nature intrinsèque de l'art, qui transcende les frontières géographiques, nationales et sociales, elle devrait être guidée par des critères universels, dans le sens généreux et littéral du mot. Car, de fait, il est juste d’affirmer hautement que l'art n'a pas de patrie ou de « matrice », mais qu’il est seulement une fratrie - la fraternité des gens sensibles et attentifs à la problématique de l'homme, ce qui en fait des gens qui se consacrent à ajouter de la beauté à la beauté déjà existante.

D’autre part, les artistes devaient posséder ce caractère d’universalité dans le sens où ils représentent l’univers artistique du Brésil – un échantillon de sa production contemporaine. Après tout, si l'art est universel, il est aussi une expression de son temps et du lieu où il se développe et s’accomplit. Dans ce cas, l’adorable Brésil, que les Français aiment depuis Villegagnon qui, peu après sa découverte, y avait établi la France Antarctique et créé des liens affectifs indélébiles renforcés par les visites successives d'artistes qui culminèrent avec l'arrivée de la Mission française, le fournisseur de la règle et du compas et fondatrice de ce qui est aujourd'hui universellement connu sous le nom d’Art Brésilien, c’est-à-dire, aimé de tous. Ce n’est en rien surprenant, car sa joie de vivre, sa spontanéité, son exubérance chromatique et son syncrétisme multiethnique sont incontestables. Une séduction irrésistible!

C'est ainsi que, en vertu de ces paramètres, et après une suite de démarches et des évaluations raisonnées, Diva et moi sommes arrivées à un accord sur les artistes qui seront connus de l'histoire de l'art contemporain brésilien comme "Le groupe Everarts" : Andrea BRANDANI , Bia FINKIELSZTEJN, Denise ARARIPE, Leopoldo MARTINS, Solange PALATNIK et Sonia MADRUGA. Et, en énumérant leurs noms, j’arrive au troisième ... pied du trinôme, l’affirmation que, même s’il s’agit d’un groupe homogène, uni et cohérent, qui représente dignement l'univers brésilien, chacun d’eux est aussi, de son côté, de manière éclectique, un univers en lui-même, avec toute la richesse créative variée que ceci implique et irradie.

© Alexandros Papadopoulos EVREMIDIS - Écrivain, critique d’art de RioArteCultura.Com

Traducteur : Marc Galand par Divine Institut


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©Alexandros Papadopoulos Evremidis > escritor crítico > Email
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