| Elizabeth Jobim | Pinturas |

A novidade, em Jobim, é a pintura sobre tela, já que a artista trabalhava predominantemente em papel desde sua participação em 1984 na “Como vai você geração 80”. Responsável pelo texto do catálogo da exposição, Luiz Camillo Osorio define o atual trabalho de Elizabeth, “Até bem pouco tempo, era o papel o suporte mais freqüente. Neste deslocamento atual para a tela as relações formais se exteriorizaram e a linha passou a articular planos sem delinear contornos, sem separar figura e fundo, ganhando um ritmo menos melódico e mais cadenciado”.

Elizabeth Jobim explora algumas das questões que norteavam seu desenho, como uma geometria construída a partir da observação de pedras e a fragmentação do suporte. O que antes eram folhas de papel justapostas, agora são telas que, unidas, articulam uma seqüência de linhas e massas na fronteira entre a escrita e a figura.

“A tela exigiu um novo vigor à linha. Se por um lado, ela ficou menos fluente e desenvolta, por outro, ganhou escala e sobriedade. A linha não divide um dentro e um fora, mas constrói planos que se encaixam e se disseminam horizontalmente. Neste movimento horizontal do olhar, percebemos uma espécie de escrita gráfica que se estende à nossa frente. Tudo se passa na superfície da tela e se comunica com o espaço externo da arquitetura”. – interpreta Luiz Camilo Osorio.

Nessas telas a tinta não é mais aplicada com pincéis mas com rolos de espuma utilizados na pintura comercial em grande escala. Entretanto o rolo traz um ritmo de intensidade em sua aplicação, o que faz a cor vibrar. Não há mais marcas de pincel e sim, uma variação do toque e certas curvas. A cor não é mais chapada e vibra junto com o branco.

Em um jogo de construção e entrega, a pintura de Elizabeth Jobim vai abrindo o seu caminho “Meu trabalho pretente nos lembrar disso, de como partes se juntam e formam um todo, e se não podemos juntá-las fazemos de cada fragmento também um pequeno todo, pois a parte também pode ser uma morada, e a possibilidade de juntarmos partes imaginarmos um todo articulado e aberto ao fora do todo nos permite existir e nos relacionarmos com o que há fora de nós, partes ou todos, detalhes, universos construídos por teorias ou observados numa noite sem lua”, define Elizabeth Jobim”.

Rio de Janeiro 2005


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