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"OSSO" (Na cabeceira das avalanches), de BRUNO CATTONI / Editora 7 Letras

"Para ele, a vida é mais do que crua / A sua foi roída até os ossos, sobrou / Um pouco de pele nas cartilagens / Que o ácido dos dias desintegrou".

Editor de projetos especiais da TV Globo e criador do programa Bate Papo, Bruno Cattoni teve seu primeiro trabalho poético publicado em jornais quando tinha 9 anos e nunca mais abandonou a poesia.

Bruno constrói seu livro sobre indagações de Princípio e Fim: "decompor nosso ser até o osso, para ficarmos face a face com sua essência material, com a última parcela da existência, independente da morte". Ou como um jogo, ..."cuja razão é ouvir o ser, em constante mutação. Perceber seu ritmo, sua música aberta, sua poesia de perversões semânticas, de transgressões sintáticas, e o seu amor".

Leia a seguir breve entrevista com o muito sensível, lúcido e lúcido poeta


Jornal RioArteCultura.Com: O que é poesia?

Bruno Cattoni: Para fins comerciais é apenas um gênero literário muito pouco divulgado e lido. Para fins ornamentais, é apenas um recurso eficaz de despertar paixões. Mas, para fins de vida, e esta é a verdadeira função, é uma bússola que aponta para o lugar da emancipação do ser humano, emancipação dos senhores e dos servos, internos e externos. Quem, num exercício de liberdade, chegar a este lugar, terá acesso também a outro território, o do mundo mítico, onde os mistérios operam para dar sentido à vida.

Jornal RioArteCultura.Com: O que a distingue da prosa?

Bruno Cattoni: Depende da prosa. Há prosas poéticas que atingem o mesmo objetivo descrito acima. Os Cadernos de Malte Laurids Brigge, de Rilke, por exemplo. Os livros de Marguerite Duras. O Dom Quixote, de Cervantes. Toda a prosa de Guimarães Rosa. As outras prosas, inscritas na prosa prosaica digamos assim, são ótimas para ensinar, no sentido de ensignar, dar signos. Mas para o mundo se transformar e todos termos uma vida melhor não bastam os signos, é preciso achar o quem das coisas, como diz Guimarães Rosa.

Jornal RioArteCultura.Com: Ser poeta é profissão ou missão?

Bruno Cattoni: Missão.

Jornal RioArteCultura.Com: A soropositividade aguçou sua sensibilidade poética?

Bruno Cattoni: Claro que não! A sensibilidade não é uma prerrogativa de doentes, nem de sãos. A proximidade da morte não aguça a sensibilidade. Aguça a vontade de viver, em quem já tinha. A poesia mostra que não devemos separar, distinguir, discriminar, compartimentar. Devemos olhar a totalidade, e a incompletude de tudo. Não devemos, por princípio, separar a vida em doentes e sãos, e sim buscar que todos se irmanem para obtermos uma vida melhor. Para todos.

Jornal RioArteCultura.Com: Fale do teor dorsal do Osso?

Bruno Cattoni: Proponho rasgar a carne que a existência nos entregou, chegarmos ao osso dessa existência, e só então criarmos outra carne para nós, a que mais nos convém. O dia em que você entender isso, deixará de ser uma operação subjetiva. Você vai sentir na carne (nova) a mudança, concretamente, como Friedrich Schiller, quando diz: "Quando a alma fala, já não fala mais a alma". Por isso, meu livro é de auto-ajuda.


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