| Antonio Dias | Esculturas |

Esculturas inéditas em bronze e em cerâmica. O artista mostra pequenos objetos que indicam casas sem telhados, onde é possível perceber a presença de “habitantes”: formas que sugerem homem, cachorro, mobílias. Há também duas casas (uma branca e outra negra) sem “moradores”, formando o trabalho intitulado “O bem e o mal”. Além das casas, o artista exibe duas torres originadas de moldes de latas comuns (como as de alimentos em conserva, por exemplo) e fundidas em bronze.

“Esses trabalhos tratam diretamente de casas e torres: são casas de argila, casas de bronze e torres de bronze. Apresentam dois mundos separados pelo enunciado dos materiais com que são feitos os objetos: argila remete à pobreza, enquanto bronze, à riqueza. Entretanto, como sempre na arte de Antonio Dias, as cartas estão embaralhadas e os dados têm bem mais de seis faces. Humor e ironia atravessam sua produção. No lado das torres: além de serem “torres gêmeas” – imagens banalizadas pela mídia depois da catástrofe do 11 de Setembro –, moldou duas pilhas de lata. Pilhas de lata, em princípio, têm equilíbrio precário, mas a pilha do artista é uma peça única em bronze. As latas serviram apenas ao molde inicial. Sua vulnerabilidade habita o simbólico pelo recurso à representação. Ao contrário das torres ou das pilhas de latas reais a que se referem”, escreve o crítico Paulo Sérgio Duarte para o catálogo que acompanha a exposição.

Antonio Dias é um dos mais importantes artistas brasileiros contemporâneos. Nasceu em Campina Grande, na Paraíba, em 1944. O ecletismo é sua marca. Em 1958, foi para o Rio de Janeiro, onde estudou com Oswaldo Goeldi. Em 1965, foi premiado na Bienal de Paris e, em seguida, passou a morar em Milão. Lá, o artista abandonou a figuração em favor de procedimentos conceituais. Dias passou, então, a transitar com muito talento pelos mais variados suportes – do desenho em folha de chá à pintura com óxidos, metais e minerais; das instalações com néon às vídeo-instalações realizadas com filme super-8. Atualmente, o artista vive e trabalha no Rio de Janeiro, em Colônia e em Milão.


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