| Angelica Bittencourt |
A arte come�a aquiMineira de Araguari, Ang�lica Bittencourt recebeu as primeiras aulas de desenho e pintura no col�gio e de suas tias Aura de Oliveira Santos e Arminda Orsi. Dotada de voca��o inata para m�sica, literatura e artes pl�sticas, desenvolveu gosto pela escultura, a partir da cer�mica. Vive em Bras�lia desde 1966 e participa das mostras de arte que se realizam nos in�meros espa�os culturais e museus da capital. Suas obras, algumas premiadas, fazem parte do acervo de colecionadores exigentes.
�Minha arte � pante�sta, porque surgiu de meu amor pela natureza e do desejo de materializar impress�es que ficaram gravadas no subconsciente, momentos de plenitude vividos em harmonia com �rvores, p�ssaros e flores, c�u, terra, �gua e raios de sol, lembran�as que a pintura transforma em florestas encantadas e jardins luminosos� - inequ�voca, professa a artista e, de fato, h� em suas cria��es um qu� de fantasmag�rico, algo que transcende o real, como se sobre ele egr�goras pairassem, conjurando os primevos elementos � orquestra��o de sinf�nica melodia, de que todos, humanos e animais e vegetais, participam e a que aspiram. Em c�smica prociss�o. E, em prosaica met�fora, pensei ter entrevisto Ang�lica ora despir e ora adornar a c�clica natureza, em suas andan�as pelo �peiron - seus movimentos e suas mudan�as.
Convidada para expor seus trabalhos em outros pa�ses, atrav�s de algumas embaixadas diplom�ticas sediadas em Bras�lia ou de galerias de arte do Rio e de S�o Paulo, a artista costuma apresentar, ao lado de suas pinturas, esculturas talhadas em concreto celular: �Por agregar novas possibilidades � quest�o da tridimensionalidade e ao mist�rio da obra de arte enquanto realiza��o do imagin�vel, o concreto celular � a mat�ria prima ideal para a concretiza��o de meus devaneios. Cortando, erodindo e lapidando, recrio novas formas, descobrindo minha pr�pria natureza na fragilidade desse material.�
