| Ana Holck | Elevados |
Sim, elevados padrões de re-engenharia...

©Alexandros Papadopoulos Evremidis*

...do espaço, que, tal qual o tempo, não possuindo existência real e sim sendo produto de intuição intelectual, não é coisa - antes, é pressuposto e conditio sine qua non para a ontificação das coisas, ci-inclus todos nós - racionais e irracionais [Holck prova que de algum modo (de todos os modos) todos o são!]. Sim, porque é possível imaginar espaço e tempo sem objetos, mas não há verso possível e provável para o vice-versa.

No caso, de caso pensado, estou me reportando às galáxicas faixas, da extravagante Holck, que "caem de pé, mas correm deitadas". Subitamente e, ainda assim, imperceptivel e insinuada e sensualmente, quais incendiárias e perfurocortantes lâminas/línguas, defloram/rasgam a diagonal do corpo, da urbs e da orbs, do ápeiron, e escrevem/inscrevem/instalam intrincadas elevações de sedutora compleição plástica, que, nada desconexo, se resolvem umas nas outras.

Vejo tramas que tramam. Suportes e sustentações. E você, quando vê, já foi elevado ao topo do topos - sublime criação e doação de Holck. Um mundo sutil e encantado. E, daí, absolutamente encantador!

Trânsito franqueado para Holck. Também pudera! - com tal inventiva e criativa rede de elevados elevados, ela, além de nos levando elevar e enlevar, faz também flutuar, planar e voar, nos torna virtualmente virtuais e infinitamente amplificados.

Destinação mítica: os subliminarmente desejados/sonhados e intérminos elíseus céus que, na verdade dos fatos, são férteis vales para quem sem terra, sem teto, sem mesmo esperança - sem nada (são estes os semas com que Holck logo sinalizará suas criações/convicções)! Vales recortados por vias e artérias que, data vênia, serão percorridas por sangue, leite, mel.

Holck, irmã e amante de Dédalo. Tendo já, há algum tempo, conquistado o espaço, pelo inusitado de tão simples, mas também absolutamente engenhoso estratagema/giro de imaginários gonzos, agora o ordena e co-ordena - razão suficiente para ela mesma ser ordenada "artista filósofa".

Epífano Apolo, aponha-lhe logo o stéfano!

Rio de Janeiro 2005

Alexandros Papadopoulos Evremidis = > escritor crítico > Email


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