| Almir Reis fotografia |

"Almir com sua arte revela a dimensão mágica do real. Daí que navegar pelo Site do Artista sinonima inequívoca e realmente com se deixar encantar. Imagine uma visita ao escritório_galeria onde tudo é mágico e tudo é real!" - AlleKunst.


Amoroso Criador de Urbes

©Alexandros Papadopoulos Evremidis*

O RioArteCultura.Com não é chegado a conferir notas aos artistas, mas, se numa entrasse, diria que o Almir é altamente dotado e, daí, notável, notado.

Imagine um rapaz que estivesse vendo o mundo - a orbe e suas urbes - em branco e preto: todas as cores em uma e todas sem nenhuma. O que é que ele faz?

Pega sua Minolta, carrega, arma, aponta seu canhão para um ângulo inusitado, de poucos graus à uma completa panorâmica, enquadra, recorta mentalmente e amorosamente aperta o gatilho.

Pronto, o caos, informe e incolor (digamos assim, numa tour de force), foi domado e agora será enformado e colorido. É aí e é então que começa a segunda fase dos "procedimentos" artísticos: Almir se dá e Almir se entrega, muito bem e por inteiro, ao trabalho/obra de alguma laboriosa divindade ancestral, à re/invenção, re/criação e re/ordenação do mundo.

De fato, ordena ele o fiat lux e, feita a luz, seus raios conduz, para dotar (não disse que era dotado?!) essas, aquelas e mais aqueloutras áreas, dessa, daquela e daqueloutra cor - ora coerente; e ora, quase sempre, arbitrária, mas nunca aleatória - tudo acontece em conformidade com uma contraditoriamente impulsiva e compulsiva estratégia - emocional, íntima, secreta e inalienável, um modo afirmativo de ser e de estar no mundo, de vê-lo e de senti-lo, assim e também assado - a tal ponto ele, por vezes, extrapolando as sutis insinuações, satura seu croma e sua forma.

Resultante: sendo cariocas, de nascença ou por opção (no meu caso, foi sonho de infância), ufanamos e estufamos o peito e, como pavões, desfraldamos o rabo para dizer que conhecemos e amamos cada canto da nossa cidade como a palma da nossa mão. Vánitas das vaidades e das ilusórias ilusões.

Almir nos diz e prova que não: conhecemos, mas não amamos como ele conhece e ama - conhecemos a luva, não a carne, não a essência, não a alma dela. E nos deixa nus e envergonhados, com o rabo entre as pernas (que é onde ele deve ficar). Com tomada após tomada e com cor após cor, em delicadas monocromias setoriais e espetaculares policromias, ele desnuda, diante de nossas espantadas de tão incrêdulas vistas, uma outra, nova e insuspeitada cidade, oriunda do encantado e encantador mundo dos sonhos (dele, de que agora somos partícipes e sócios-proprietários - co-sonhadores).

Uma cidade que nunca, ninguém, de modo algum conseguiu capturar, amestrar, adestrar, amar e nos revelar e doar em toda a sua exuberância formal e pictórica. Cum laude, Almir (viu como notamos?!)

PostScriptum: "Traidor" contumaz, Almir fez isso tudo com mais de uma dezena de... outras (cidades do nosso humano mundo.

Rio de Janeiro 2006

©Alexandros Papadopoulos Evremidis > escritor crítico > E-mail


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