| Alex Teleginski |
RE-IMAGEM
Em tempos cibernéticos, de simulações e apropriações, a história prossegue na prática efetivando caminhos possíveis da mecanização da arte. Vencendo as resistências emocionais, os processos mecânicos de criação e os instrumentos técnicos, científicos e industrializados, recebem a classificação de arte. Foram longos e penosos os tempos de defesa da fotografia como arte e ainda somos inaugurais na computer art, apesar do período arcaico da arte cibernética ter ocorrido em fins dos anos 50.
Surgindo pelos caminhos construtivistas, nos grafismos matemáticos e mecanizados, a arte digital necessariamente chega à figuração e se apropria da memória de imagens virtuais. Da abstração à figuração, na era digital preferimos a imagem ao objeto, a cópia ao original, o simulacro ao real. Aceitamos o pastiche, as combinações e os ecletismos. Não necessitamos da manufatura. A matéria se desintegra em energia e se sublima em informação. Fabricamos o hiper-real, o espetacular. As figurações hiper-reais corrigem a realidade e são mais interessantes. Tudo isto com ironia e sem culpa, num presente perpétuo regido por bombas atômicas.
Alex Teleginski é um representante da arte digital paranaense. Suas obras de grande formato, produzidas em cópias únicas ou com pequenas tiragens e a laser, trazem como tema o simulacro feminino , mulheres virtuais, sem identidades, eróticas... um ardil bem sucedido de simulação, que apresenta a bio- estética, a hiper-mulher, mais mulher que as mulheres, siliconadas, extravagantes e apáticas, sem culpa, pornôs e espetaculares.
Em outro caminho, mais abstrato, Alex Teleginski, trabalha detalhes mecânicos do cotidiano urbano, micrologia que dá ênfase à micro-situações desapercebidas. Coerente e pós-moderno, em essência, Alex Teleginski é adepto do rock- metal industrial, elemento inspirador da sua produção e filosofia principal pós-moderna que defende o pragmatismo dos instintos contra a domesticação do homem e a anulação de seus instintos pela tecnociência. Vamos ao que diz Alex Teleginski:
“(...) a plasticidade do meu olhar está sendo projetado na infinidade de imagens que fazem parte do nosso universo online e no qual desenvolvo um trabalho fotográfico. Faço apropriações de imagens obtidas pela internet, reúno fragmentos de inúmeras fotografias com a manipulação das imagens e a pintura digital. O resultado final é a criação de imagens desconhecidas e a participação do fruidor.”
“ Procuro imagens que justifiquem o ato da habilidade de observar, estendendo o olhar com interesse dirigido, examinando minuciosamente, focalizando e despertando o interesse em concentrar o pensamento com a vontade de ver para além dos detalhes significativos.” Do micro-computador ao rock metal industrial e sex-shop... Alex Teleginski.
Joice Gumiel Passos. Membro ABCA/AICA. Curitiba abril 2012.

Rio de Janeiro 2012


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©Alexandros Papadopoulos Evremidis = escritor crítico > Email
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