Alexandre Mazza
Luciana Caravello Arte Contemporânea a exposição “Alexandre Mazza – Em cada gota há um arco-íris”, que reunirá em todos os espaços expositivos da galeria 25 obras inéditas do artista, feitas especialmente para esta que é sua primeira individual. A data de abertura coincide com o dia de Iemanjá, escolhida justamente porque a água é o elemento mais presente nos trabalhos feitos pelo artista para esta exposição, que ainda homenageia a rainha do mar com as cores prata, azul e branco.
As obras apresentadas acentuam a característica do trabalho de Mazza, que alia beleza e força poética, sem revelar a complexidade que envolve sua estrutura, como é o caso da instalação que dá nome à exposição – "Em cada gota há um arco-íris". A obra ficará sozinha em uma sala completamente escura, com quatro espelhos em cada parede, tendo ao centro um aquário redondo, que ao receber um feixe de luz terá sua imagem rebatida ao infinito por todo o espaço. “A ideia é criar um ambiente que nos remeta ao universo, à infinitude. Na medida em que a luz atinge a água em um ponto preciso, o aquário se transforma em um prisma, resultando nas cores do arco-íris”. “Em cada detalhe pode haver um universo”, salienta Mazza.
Em outra obra, um aquário redondo preso a um suporte recebe a projeção de uma imagem de um peixe nadando. Por sua vez, o próprio aquário também será refletido na parede, transpondo o limite do objeto. “Até que fronteiras o artista pode chegar? O que é liberdade?”, questiona Mazza.
"Metamorfose – Borboletas", em que utiliza acrílico e borboletas reais, devidamente autorizadas pelo IBAMA, “por simbolizarem a incrível metamorfose da lagarta, passando de um casulo feio para uma beleza exuberante”. O processo de transformação é uma das questões trabalhadas na exposição. “A superação, a transformação, o lidar com os obstáculos, as escolhas diárias, tudo isso faz parte da vida das pessoas, e aqui refletem minhas proprias mudanças e a de meu trabalho”, explica.
Outra sala abrigará quatro esculturas. Tês cubos, geometricamente perfeitos, de granito maciço de 200 quilos cada, têm um fio de néon que atravessa a matéria formando diferentes desenhos. Uma quarta obra, relacionada com essas três, traz o filete de néon perpassando um bloco de granito em pedaços.
Mais dois trabalhos têm destaque: a obra “Um”, formada por um conjunto de prismas de mármore branco, que ganha forma de edifícios em que apenas um deles é de acrílico e iluminado. “Dan 2”, com três cilindros de mármore apoiados na parede com uma luz fluorescente iluminando a obra, é uma referência ao artista americano Dan Flavin (1933 – 1996). “Dan Flavin é o meu ídolo máximo nas artes plásticas”, diz Mazza.
Alexandre Mazza ou apenas Mazza, como assina seus trabalhos, nasceu no Estado do Paraná e vive no Rio de Janeiro há 22 anos. Com formação musical, trabalhou durante 18 anos como baixista e compositor. Participou de criações gráficas para vídeo clip com o diretor francês David Bartex, e trabalhou também com concepção para iluminação de shows. Neste momento, começou sua relação com a eletricidade e a “LUZ”. No final de 2008, Mazza largou tudo o que fazia e passou a se dedicar somente ao que chama de “Multiplicação da Luz”, utilizando diversos materiais, tais como espelhos, vidros, metais, lâmpadas, acrílicos e madeira. Tem verdadeiro fascínio pela ilusão de ótica, seus trabalhos não são estáticos, o artista os denomina como “Arte Elétrica Viva”, utilizando luz quente e fria, sempre com duas visões da obra: “Ligada e Desligada”.

Rio de Janeiro 2012


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