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"As Portas da Percepção / Céu e Inferno" e "O macaco e a essência"
Aldous Huxley / Editora Globo
A experiência da alucinação!

Huxley elabora uma cartografia das áreas não-mapeadas da consciência humana. Os dois ensaios são “relatos pacíficos de uma experiência extraordinária”. As portas da percepção e Céu e Inferno não tratam da revelação de um Céu ou de um Inferno de visões, mas sim da descoberta de uma tradição arcaica que a droga tornaria visível: a semelhança entre a mente do homem e a realidade substancial do cosmos. Nesses dois ensaios, que estão entre os mais profundos estudos já escritos acerca dos efeitos do uso das substâncias psicoativas, Aldous Huxley investiga as fronteiras remotas da mente e elabora uma cartografia das áreas não-mapeadas da consciência humana.

Aldous Huxley foi um dos primeiros escritores do século XX a estudar as “mudanças objetivas” provocadas pelo uso das drogas de excursão psíquica. Os resultados dessas investigações estão reunidos em As portas da percepção, de 1954, e Céu e Inferno, de 1956. Os títulos dos ensaios foram colhidos dos aforismos criados por William Blake, um poeta “maldito”, que mimetizou suas alucinações tanto com palavras quanto em telas que representam personagens bíblicas em cenários apocalípticos. No primeiro ensaio, o autor descreve sua experiência com a mescalina, um alcalóide extraído do peiote, um cacto mexicano. Já no segundo ensaio, Huxley prossegue no exame das implicações mentais e éticas dessa experiência.

Para Manuel da Costa Pinto, jornalista, editor da revista Cult e autor do prefácio, “As portas da percepção e Céu e Inferno são relatos pacíficos de uma experiência extraordinária e sugerem um autor que não transfere para a escrita as fendas e as instabilidades de sua paisagem interior”.

Aldous Leonard Huxley nasceu em 26 de julho de 1894, na Inglaterra. Em 1916, publicou seu primeiro livro, uma coletânea de poemas. A partir de 1921, sua reputação literária se estabeleceu através de Crome Yellow. Em seguida, escreveu Antic Hay (1923), Folhas inúteis (1925) e Contraponto (1928), sátiras onde analisa de modo espirituoso e implacável os dissabores do mundo moderno. No período anterior à Segunda Guerra Mundial, sua obra adquiriu tons mais sombrios, incluindo o célebre romance Admirável Mundo Novo (1932), antiutopia que descreve a desumanizada sociedade do futuro, e Sem olhos em Gaza (1936), uma novela pacifista. Em 1937, deixou a Europa e se mudou para a Califórnia. Além de ensaios sobre assuntos tanto culturais quanto religiosos, em que se nota a forte influência da mística oriental, Huxley publicou O tempo deve parar (1944), O macaco e a essência (1949) e A ilha (1962). Faleceu em 22 de novembro de 1963, curiosamente o mesmo dia do assassinato de John F. Kennedy.

Rio de Janeiro 2001


"O macaco e a essência", de Aldous Huxley / Editora Globo.

Em resposta ao uso de bombas atômicas durante a Segunda Guerra Mundial, Aldous Huxley escreveu O MACACO E A ESSÊNCIA. O ensaio, escrito em grande parte na forma de roteiro de cinema, conta a história do mundo pós-Apocalipse.

Dois amigos ­ um deles funcionário da indústria cinematográfica ­ passeiam por estúdios de Hollywood e quase são atropelados por um caminhão que carrega roteiros recusados a caminho da incineração. Depois de uma curva brusca, alguns manuscritos são atirados para fora do veículo, e um deles em particular, denominado O MACACO E A ESSÊNCIA, escrito por um certo William Tallis, lhes chama a atenção. Eis o ponto de partida para a busca frustrada ao autor do texto. O que se segue é não só uma breve descrição do roteiro, mas seu texto na íntegra.

Nele, o espectador é remetido ao ano de 2108. O mundo passou pela Terceira Guerra Mundial e apenas uma parte da Terra ­ a Nova Zelândia ­ não foi atingida por armas nucleares. Uma expedição de redescobrimento da América tenta verificar o que se passa no mundo após a destruição em massa. Encontra uma terra habitada por babuínos, que têm o domínio, entre outras coisas, de pesquisadores brilhantes que são mantidos presos a coleiras, para que sua genialidade seja utilizada a favor da guerra.

A metáfora dos "Einsteins encoleirados", bem como o domínio dos babuínos, foi a forma encontrada por Huxley para criticar os rumos da ciência, utilizada para fins destrutivos. Sua crítica recai não somente sobre o destino dos avanços científicos, como também sobre as várias instituições e ideologias que povoam o mundo moderno, a alienação e as ferramentas de manipulação e massificação do ser humano. Em seu peculiar tom apocalíptico, Huxley ironiza a desgraça do homem, na sua sede de auto-destruição.

Rio de Janeiro 2004


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